Tragédia na Curva da Morte: Motorista de ônibus morre sem acidente no ES
Motorista morre sem acidente na Curva da Morte, ES

Era pra ser mais um dia normal na linha 806, o trajeto que liga Viana à Grande Vitória. Mas o que aconteceu na manhã desta segunda-feira, 25, na temida Curva da Morte, foi tudo menos normal. Um silêncio pesado tomou conta do ônibus, seguido pelo desespero mudo dos passageiros.

O motorista, um homem de 56 anos com décadas de estrada nas costas, simplesmente… apagou. Sem explicação, sem acidente, sem nada. Ele perdeu os sentidos ali mesmo, no volante, naquele trecho sinuoso da BR-262 que todo capixaba conhece e teme.

O que se seguiu foi um daqueles momentos de puro instinto humano. Passageiros que viraram heróis por necessidade. Gritos, gente correndo, alguém conseguindo estacionar o veículo na beira da pista antes que uma tragédia maior acontecesse. O socorro foi acionado na hora, mas quando a ajuda chegou, era tarde demais.

O que realmente aconteceu dentro daquele ônibus?

Testemunhas contam que tudo aconteceu rápido demais. Um passageiro, ainda em choque, me disse que o motorista simplesmente "afundou" no banco. Nada de errado com a direção, nenhuma manobra brusca. Apenas… silêncio. O tipo de coisa que te faz questionar quantas histórias assim acontecem por aí sem que a gente fique sabendo.

A Polícia Rodoviária Federal tá investigando o caso, claro. Já afastaram completamente a hipótese de acidente – não houve colisão, não houve nada além daquela partida silenciosa no meio do trajeto. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal de Cariacica, onde vai passar por autópsia. Só então vamos saber o que realmente tirou a vida desse trabalhador.

Os passageiros: aliviados, mas traumatizados

Imagina a cena: você tá indo pro trabalho, pensando nas contas do mês, no que vai fazer no fim do dia, e de repente vira protagonista de um pesadelo. Todos os passageiros saíram ilesos fisicamente, mas ninguém sai inteiro de uma situação dessas. O trauma fica, ecoa na mente semanas depois.

A empresa, a São Geraldo, já se manifestou – ofereceu apoio psicológico pra todo mundo que tava no ônibus. Medida necessária, diga-se de passagem. Porque algumas coisas a gente não esquece, né?

E enquanto isso, na Curva da Morte, o trânsito segue. Carros, caminhões, ônibus passando pelo mesmo lugar onde um homem perdeu a vida fazendo o que sabia. Faz a gente pensar na pressão que esses profissionais enfrentam diariamente, nas jornadas intermináveis, no stress constante.

Quantos motoristas por aí dirigem com dores não diagnosticadas? Quantos ignoram sintomas porque precisam do salário no fim do mês? Perguntas que ficam no ar, sem resposta, assim como a morte desse trabalhador.