
O trânsito de Vitória ficou mais pesado nesta sexta-feira, e não foi só pelo congestionamento habitual. Uma daquelas notícias que ninguém quer receber: um motoboy de 24 anos, batalhador como tantos outros por aí, não voltou para casa depois do trabalho.
O que aconteceu? Bem, por volta das 7h da manhã — horário em que a cidade ainda está espreguiçando —, na Avenida Dante Michelini, um caminhão e uma moto se encontraram da pior maneira possível. Testemunhas contam que foi rápido, violento, e definitivo.
O Samu chegou rápido, mas algumas coisas nem os profissionais mais preparados conseguem consertar. Ele ainda foi levado para o Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, no bairro República. Mas era tarde demais.
Quem era o jovem por trás do capacete?
Aí é que a coisa fica mais pesada. Ele não era apenas mais um número nas estatísticas — que, convenhamos, já estão absurdas. Era o Luan da Silva Santos, apenas 24 anos, residente em Cariacica. Um cara que provavelmente acordou cedo para ganhar o pão de cada dia, como milhões de brasileiros.
Trabalhava por aqueles aplicativos que a gente tanto usa — pede comida, recebe em casa — sem nem pensar em quem está do outro lado. A família, é claro, está arrasada. Imagina receber uma notícia dessas? Não tem preparo que aguente.
E agora, o que acontece?
A Polícia Civil já abriu inquérito para tentar entender essa tragédia. O tal caminhão, um Volkswagen de placa QUK-8I24, foi apreendido para perícia. O motorista — cujo nome a gente ainda não sabe — prestou depoimento.
Será que foi falha humana? Excesso de confiança? Má sinalização? As perguntas são muitas, e as respostas… bem, essas sempre demoram a chegar.
O IML de Vitória ficou responsável pelo corpo. Lá, depois de todos os trâmites — que são tão frios quanto necessários — a família poderá levar Luan para o último adeus.
Enquanto isso, a Dante Michelini seguiu sua vida. O trânsito foi liberado, os carros passam pelo local do acidente sem nem saber o que aconteceu horas antes. A cidade tem uma capacidade assustadora de seguir em frente, mesmo quando pedaços dela se partem.
Mais um nome na lista triste das vítimas do trânsito brasileiro. Quando é que a gente vai aprender?