Tragédia no Trânsito: Idoso Morre Atropelado em Faixa de Pedestres em Bauru
Idoso morre atropelado em faixa de pedestres em Bauru

Uma cena cotidiana que se transformou em tragédia. Na tarde de sexta-feira, 13 de setembro de 2025, a rotina pacata do Jardim Redentor, em Bauru, foi interrompida por um evento devastador. Por volta das 16h30, um senhor de 78 anos — cujo nome ainda não foi divulgado — caminhava pela Avenida Nações Unidas, uma via movimentada que corta o bairro.

Ele fez o que todos nós fazemos: confiou na sinalização. Pisou na faixa de pedestres, aquele símbolo universal de segurança. Mas a segurança, dessa vez, falhou. De forma brutal e irrevocável.

Um veículo, talvez em velocidade incompatível com a área urbana, talvez por um desvio de atenção momentâneo do condutor, não conseguiu parar. O impacto foi violento. Testemunhas, ainda sob choque, relataram à Polícia Militar a cena caótica que se seguiu — a mistura de horror e daquela impotência que paralisa.

O Socorro Imediato e a Perda Inevitável

O Samu foi acionado rapidamente. Paramédicos correram contra o tempo, realizando todos os procedimentos de praxe no local. A batalha pela vida, no entanto, foi curta. As lesões eram, simplesmente, gravíssimas. O idoso não resistiu e foi declarado morto ainda no asfalto, diante dos olhos atônitos de quem passava.

O motorista do carro envolvido, um homem cuja identidade também permanece em sigilo, não tentou fugir. Ele permaneceu no local, colaborando com os agentes do 6º Batalhão da PM, que isolaram a área para iniciar os trabalhos periciais. Os policiais militares colheram depoimentos e a equipe do Instituto de Criminalística (IC) se incumbiu de fazer a análise minuciosa do cenário — marcas de pneus, posição dos veículos, tudo que pudesse reconstituir os momentos cruciais que levaram ao desfecho fatal.

Além do Acidente: O que Fica?

Um caso que vai virar estatística. Mais um número nos boletins de ocorrência de trânsito. Mas é muito mais que isso. É uma família enlutada, um nome, uma história, uma vida inteira interrompida de maneira abrupta e violenta no simples ato de atravessar uma rua.

Incidentes como esse jogam um holofote cruel sobre um problema crônico das nossas cidades: a guerra silenciosa entre carros e pessoas. A faixa de pedestres, que deveria ser um santuário, uma zona de segurança absoluta, se transforma, com frequência alarmante, em um palco de tragédias evitáveis.

Questões que ecoam, sem resposta: o condutor estava attento? A velocidade era adequada? Existe alguma falha na sinalização do local? A perícia tentará responder isso. Enquanto isso, a dor e o luto são as únicas certezas.

O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos legais. O caso, que foi registrado sob o viés de homicídio culposo no trânsito — quando não há intenção de matar —, agora segue suas tramitações na Delegacia Seccional de Bauru.