
A vida pode mudar num piscar de olhos. Foi o que aconteceu nesta segunda-feira, 30 de setembro, no movimentado Méier, bairro que nunca dorme na Zona Norte do Rio. Por volta das 7h da manhã, quando a cidade ainda acordava para mais uma semana de trabalho, o caos tomou conta da Avenida Dom Hélder Câmara.
Um senhor de 74 anos — imagine só, quase oito décadas de vida — tentava atravessar a avenida quando um carro simplesmente... não conseguiu parar a tempo. O impacto foi violento, daqueles que ecoam na memória de quem presencia.
Cena de Tensão no Asfalto
Testemunhas contam que o idoso — cuja identidade ainda não foi revelada — cruzava a via na altura do número 1.181 quando o veículo, dirigido por um homem de 41 anos, o atingiu. O barulho do choque parou o trânsito por instantes. Gritos. Correria. Aquele momento de pânico que ninguém esquece.
O Samu chegou rápido, devo dizer. Os paramédicos trabalharam contra o relógio para estabilizar o idoso, que apresentava múltiplos traumatismos — situação realmente delicada. Ele foi encaminhado direto para o Hospital Municipal Salgado Filho, onde permanece em estado considerado grave pelos médicos.
E o Motorista?
Aqui vem uma parte que muitos vão estranhar: o condutor não fugiu. Permaneceu no local e colaborou com as investigações. A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar exatamente como tudo aconteceu — se houve imprudência, excesso de velocidade ou se foi um daqueles acidentes terríveis que acontecem mesmo quando todos tentam fazer tudo certo.
O carro, um Volkswagen Gol prata, foi removido para o pátio do 15º DP (Méier) como parte dos procedimentos padrão. Rotina burocrática que segue toda tragédia.
Reflexão Necessária
É curioso como uma manhã comum pode se transformar em pesadelo. Enquanto uns corriam para o trabalho, outros para a escola, um senhor de 74 anos lutava pela vida no asfalto. A Avenida Dom Hélder Câmara — que os mais antigos ainda chamam de Avenida Suburbana — voltou a mostrar sua face mais cruel.
Essa via, que corta vários bairros importantes da Zona Norte, já foi palco de outras histórias tristes similares. E me pergunto: quando é que vamos aprender? Pedestres distraídos, motoristas apressados... uma combinação perigosa que custa vidas.
O caso segue sob investigação. Enquanto isso, uma família aguarda notícias no hospital, e um motorista — que também deve estar destroçado — enfrenta as consequências de um segundo que mudou tudo.