O que começou como mais um dia comum nas estradas de Minas Gerais terminou em tragédia. Por volta das 15h desta sexta-feira (23), um acidente brutal na BR-381, altura do km 512 em Igaraé, ceifou a vida de uma criança de apenas quatro anos e deixou um rastro de destruição que ninguém na cena conseguirá esquecer tão cedo.
Segundo testemunhas — ainda visivelmente abaladas —, tudo aconteceu num piscar de olhos. Dois veículos colidiram frontalmente numa das curvas mais traiçoeiras desse trecho da rodovia, conhecido pelos motoristas locais como "curva do descuido". O impacto foi tão violento que as ferragens se entrelaçaram como papel amassado, dificultando o trabalho dos bombeiros.
No meio do caos: seis pessoas foram retiradas dos carros com ferimentos de variadas gravidades. Mas o pior… ah, o pior foi encontrar o pequeno João Pedro (nome fictício para preservar a família) sem vida no banco traseiro. Uma cena que até os socorristas mais experientes admitiram ser de cortar o coração.
Minutos de desespero e solidariedade
Quem passava pela estrada parou imediatamente. Alguns correram para tentar ajudar, outros ligaram desesperadamente para o resgate. "Nunca vi nada parecido", contou um caminhoneiro que preferiu não se identificar. "A gente fica pensando: poderia ser eu, minha família… é de arrepiar."
O Samu, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar Rodoviária chegaram rapidamente, mas já era tarde demais para salvar a criança. Os feridos — dois adultos em estado grave e quatro com lesões moderadas — foram levados às pressas para hospitais da região. A rodovia ficou parcialmente interditada por mais de três horas, causando um congestionamento que se estendeu por quilômetros.
E agora? As investigações
A Polícia Rodoviária Federal já abriu inquérito para apurar as causas exatas do acidente. As primeiras hipóteses? Talvez ultrapassagem indevida, talvez excesso de velocidade… mas ninguém quer apontar culpados enquanto as famílias choram suas perdas. O que sabemos é que mais uma vez a BR-381 — velha conhecida por seus acidentes — mostrou sua face mais cruel.
Enquanto isso, a comunidade de Igaraé se mobiliza. redes sociais já fervilham com campanhas de apoio à família enlutada. Uma vaquinha online começou a ser organizada para ajudar com as despesas do funeral. Porque no fim das contas, é assim que o interior mineiro reage: com união no meio da dor.
E fica aquele questionamento que ninguém quer fazer em voz alta: quantas vidas ainda precisam ser perdidas nas nossas estradas até que algo mude de verdade?
