
A rotina normalmente tranquila da BR-158, que corta Mato Grosso, foi brutalmente interrompida na manhã desta quinta-feira, 10 de outubro, por uma cena que nenhum motorista gostaria de testemunhar. Um choque violento — daqueles que ecoam na memória — entre um carro de passeio e uma carreta ceifou duas vidas de forma instantânea, transformando uma viagem comum em tragédia.
Segundo as primeiras informações que circulavam entre os profissionais do resgate, o acidente aconteceu num daqueles trechos onde a estrada parece convidar à pressa, mas que esconde seus perigos. O carro, um GM Celta de cor prata, seguia sentido sul quando, por razões que ainda estão sendo apuradas, acabou se envolvendo numa colisão frontal com a carreta. O estrago foi considerável, para dizer o mínimo.
O resgate que chegou tarde demais
Quando o socorro chegou ao local, por volta das 11h da manhã, o cenário era desolador. Os bombeiros tiveram que trabalhar contra o relógio — mas, infelizmente, contra o impossível. As duas pessoas que estavam no Celta, um motorista e seu passageiro, já não apresentavam sinais vitais. A força do impacto simplesmente não deu chances.
Dá até um aperto no peito imaginar que eram pessoas comuns, talvez com planos para o resto do dia, compromissos, famílias esperando em casa. A vida é assim mesmo, cheia de reviravoltas brutais que ninguém espera.
O trânsito parou, a vida seguiu?
Enquanto as equipes do Resgate do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar trabalhavam no local, o tráfego na BR-158 precisou ser parcialmente interrompido. Formou-se aquela fila característica de acidentes graves — motoristas impacientes, curiosos, outros solidários. Cada um reagindo à sua maneira ao lembrete mórbido de que nas estradas, um segundo de distração pode custar tudo.
O pessoal do Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para fazer a remoção dos corpos, enquanto a Polícia Rodoviária Federal assumiu as investigações. Agora começa o trabalho minucioso de entender o que realmente aconteceu naquele trecho da rodovia.
Mais um na estatística triste
É difícil não ficar pensando: quantos mais vão se tornar números nessa guerra silenciosa que travamos diariamente nas estradas? Essa já é a segunda fatalidade registrada apenas nesta semana na região — um sinal alarmante que, convenhamos, não podemos ignorar.
Enquanto as famílias das vítimas começam o doloroso processo de luto — e meu coração genuinamente vai para elas —, o resto de nós fica com o lembrete amargo da fragilidade humana. Talvez valha a pena repensar aquela ultrapassagem arriscada, reduzir a velocidade, checar o celular depois. Porque no final das contas, chegar vivo sempre será mais importante que chegar rápido.