
A vida na estrada esconde surpresas terríveis — e uma delas aconteceu na última sexta-feira, transformando um trecho comum da BR-316 em palco de tragédia. Quem passa por ali nem imagina o que aconteceu no km 141, perto de Altos.
Era por volta das 17h30 quando tudo mudou. Um caminhão carregado — desses que cortam o país de ponta a ponta — e um carro de passeio se encontraram da pior maneira possível. O resultado? Uma colisão frontal que deixaria marcas permanentes.
O preço de uma vida
Dentro do veículo menor, uma notícia que dói na alma: o doutor Francisco das Chagas Neto, 62 anos. Médico. Profissional que dedicou a vida a salvar outras — ironia cruel do destino — não resistiu aos ferimentos. A perícia do ITEP confirmou o óbito ainda no local.
O caminhoneiro, por sua vez, saiu ileso — fisicamente, pelo menos. Mas agora carrega o peso de responder judicialmente pelo acontecido. A Polícia Rodoviária Federal foi categórica: ele vai responder por homicídio culposo no trânsito.
O que realmente significa homicídio culposo?
Muita gente confunde, então vamos esclarecer: não é homicídio doloso, onde há intenção de matar. Aqui, falamos de uma morte causada por imprudência, negligência ou imperícia. Basicamente, quando alguém — por descuido, cansaço, pressa ou simples falta de atenção — provoca um acidente fatal.
E olha, os números assustam: só no Piauí, de janeiro a agosto deste ano, a PRF registrou 56 mortes em estradas federais. Cada uma dessas estatísticas tem nome, história, família.
E agora, José?
O motorista do caminhão — cujo nome não foi divulgado — já teve a carteira apreendida. Procedimento padrão nesses casos. Ele foi liberado depois de prestar depoimento, mas o processo só está começando.
O que me faz pensar: será que a gente valoriza suficientemente a responsabilidade ao volante? Uma decisão errada, um segundo de distração, e vidas são transformadas para sempre.
Enquanto a família do doutor Francisco enfrenta o luto — e nossa solidariedade a eles —, o caso segue nas mãos da Justiça. Um lembrete doloroso, mas necessário, de que o trânsito exige respeito constante.
Ah, e detalhe: o ITEP ainda trabalha no laudo completo. Esses documentos costumam trazer revelações importantes sobre as causas exatas do acidente. Fiquemos atentos.