A noite de sexta-feira, 4 de outubro de 2025, reservava uma tragédia silenciosa para um motorista de 42 anos que circulava pela BR-242, em Mato Grosso. O que deveria ser uma simples parada para descanso transformou-se num cenário de horror às margens da rodovia.
Segundo informações da Polícia Militar, o homem havia estacionado seu veículo no acostamento — um gesto aparentemente inofensivo que tantos de nós já fizemos. Quem nunca parou para esticar as pernas, responder uma mensagem ou simplesmente respirar fundo depois de horas na estrada? Mas essa decisão rotineira teve consequências fatais.
O inesperado aconteceu por volta das 22h, quando uma carreta que trafegava no mesmo sentido simplesmente... não viu. Ou não deu tempo de desviar. O caminhão atingiu em cheio o motorista, que estava fora do seu carro. A violência do impacto foi tamanha que não houve chances.
O socorro que chegou tarde
Quando o Samu chegou ao local, por volta das 22h30, já era tarde demais. Os paramédicos só puderam constatar o óbito. Imagino a cena: a escuridão da noite mato-grossense, interrompida apenas pelos faróis dos veículos e as luzes piscantes das ambulâncias. Uma tragédia que se desenrolou longe dos holofotes, mas que deixará marcas permanentes numa família.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Primavera do Leste — aquela burocracia macabra que sempre segue as tragédias. Enquanto isso, a carreta que causou o acidente... simplesmente desapareceu. Sim, você leu certo: o motorista não parou para prestar socorro. Seguiu viagem como se nada tivesse acontecido.
Um alerta que vai além desta tragédia
A Polícia Rodoviária Federal agora busca testemunhas — alguém que possa ter visto algo, qualquer detalhe que ajude a identificar esse caminhão fantasma. Mas isso me faz pensar: quantas vezes nós mesmos subestimamos os perigos de parar no acostamento?
Parece tão inocente, não é? Só um minutinho. Só para checar o celular. Só para descansar os olhos. Mas as estatísticas mostram que os acostamentos são lugares perigosíssimos — e esta triste história em Mato Grosso é a prova mais cruel disso.
O que mais me corta o coração é pensar que esta morte poderia ter sido evitada. Se o motorista tivesse escolhido um posto de gasolina, um restaurante à beira da estrada, qualquer lugar mais seguro... Talvez estivesse em casa agora com sua família.
Enquanto a PRF investiga os detalhes deste caso específico, fica o alerta para todos nós que pegamos a estrada: a próxima parada pode ser a última. Escolha onde parar com a mesma atenção que você dirige.
