
O que começou como mais um dia comum nas estradas do Rio Grande do Sul terminou em tragédia — e um mês depois, o pior se confirmou. A quarta vítima do acidente que chocou a BR-386 não resistiu. Depois de trinta longos dias entre a vida e a morte, lutando com todas as forças no hospital, ela partiu.
E pensar que tudo aconteceu numa simples manobra de ultrapassagem. Ou melhor, numa ultrapassagem que deveria ser simples, mas que se transformou num pesadelo sem volta. Dois caminhões e um carro de passeio — três veículos, destinos que se cruzaram da pior maneira possível no último dia 30 de agosto.
Um mês de angústia
Enquanto a maioria de nós seguia a vida, marcando os dias no calendário, uma família vivia a eternidade de cada minuto numa UTI. Trinta dias é pouco para tantas coisas na vida, mas é uma eternidade quando se espera por um milagre que não vem.
O paciente — agora a quarta vítima fatal — chegou ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre em estado gravíssimo. Os médicos fizeram o que puderam, claro. Mas algumas batalhas, por mais que lutemos, já começam perdidas.
O que restou
Três pessoas morreram na hora, no impacto brutal entre os veículos. A quarta resistiu — ou melhor, seu corpo resistiu, enquanto a família mantinha a esperança. Agora, resta o silêncio onde antes havia esperança, e a dor que não cabe em palavras.
A Polícia Rodoviária Federal ainda investiga os detalhes do acidente, mas uma coisa já é certa: ultrapassagens mal calculadas continuam custando vidas preciosas nas nossas estradas. E o pior? Isso não é novidade nenhuma — é uma triste realidade que se repete semana após semana.
Quantas vidas mais serão necessárias para que a gente entenda, de uma vez por todas, que no trânsito não existe segunda chance? O que era para ser uma viagem rotineira se transformou em tragédia — e quatro famílias agora carregam um vazio que nunca será preenchido.
Enquanto isso, a BR-386 segue movimentada, com motoristas apressados fazendo as mesmas manobras arriscadas. A vida segue, mas para quatro pessoas em Cachoeirinha e região, ela parou no dia 30 de agosto.