
Mais um dia que começou como qualquer outro, mas terminou em tragédia. Por volta das 8h30 da manhã de domingo, a rotina da Rodovia Presidente Castello Branco, no km 146, em Tietê, foi interrompida por uma cena devastadora.
Um homem — até agora não identificado — decidiu cruzar a pista. Não havia faixa de pedestres por perto, nem ponte. Apenas a coragem (ou talvez a pressa) que tantos de nós sentimos quando queremos economizar alguns segundos.
E foi aí que a sorte virou. Um carro, trafegando no sentido capital-interior, não conseguiu evitar a colisão. O impacto foi fatal. Imediatamente.
A resposta emergencial
A Polícia Militar Rodoviária chegou rápido, mas já era tarde. O condutor do veículo, um homem de 36 anos, estava em estado de choque — ileso fisicamente, mas abalado. Quem não ficaria?
O corpo da vítima foi encaminhão ao IML de Tatuí. Não tinha documentos. Nada. Apenas a roupa do corpo e uma história interrompida pela falta de sorte — ou de infraestrutura.
E agora?
A PMRv faz o de sempre: investiga. Abriu processo para apurar as causas do acidente. Mas a pergunta que fica é: quantas vidas precisam ser perdidas antes que algo mude?
Tietê, como tantas outras cidades cortadas por rodovias, vive esse dilema constante. Todos os dias, pessoas arriscam a vida para chegar mais rápido do outro lado. E todos os dias, motoristas seguem na expectativa de que ninguém vai pular na frente.
É um jogo perigoso. E domingo, pelo menos para uma família — que nem sabe ainda que perdeu alguém —, foi um jogo perdido.