Numa tarde que prometia ser como qualquer outra na movimentada BR-116, o trecho que corta Juiz de Fora virou palco de um daqueles sustos que a gente nunca espera — mas que acontecem num piscar de olhos.
Por volta das 15h30 deste domingo (25), um Ford Ka preto, dirigido por um homem de 32 anos — que, pasmem, nem tinha carteira de motorista — resolveu encarar a estrada. E não deu outra: o carro, num movimento brusco e inexplicável, invadiu a pista contrária e foi de frente com um ônibus de turismo que seguia tranquilamente sua viagem.
A batida foi daquelas que ecoa. O Ka, claro, saiu muito pior — amassado como uma latinha, especialmente na parte da frente. Já o ônibus, mesmo com danos consideráveis, manteve a estrutura intacta. Sortudos, os 22 passageiros a bordo saíram ilesos, apenas com um belo de um susto. Quem não se livrou foi o condutor do carro, que precisou ser resgatado pelos bombeiros e levado às pressas para o Hospital Regional Muriae. Felizmente, seus ferimentos não eram graves.
Inabilitado e sem sorte
Agora vem a parte que mais choca a gente — e que a Polícia Rodoviária Federal não deixou passar em branco: o motorista do Ka não tinha a menor condição de estar ali, ao volante. Sem habilitação, assumiu um risco desnecessário e colocou a vida de dezenas de pessoas em jogo. É daquelas notícias que a gente lê e pensa: "mas é mesmo possível?". Pois é.
O trânsito precisou ser parcialmente interrompido enquanto as equipes trabalhavam no resgate e na remoção dos veículos. Só voltou ao normal por volta das 17h, mas o susto — esse ficou na memória de quem passou por lá.
E agora, o que acontece?
Além dos prejuízos materiais — que não foram pequenos —, o condutor irregular agora responde por direção sem habilitação. A PRF já abriu um processo para apurar toda a situação. É mais um daqueles casos que serve de alerta: dirigir sem estar habilitado não é apenas uma infração, é uma roleta-russa com as vidas alheias.
O que parecia ser mais um final de semana tranquilo na zona da mata mineira terminou com sirenes, feridos e uma lição dura sobre responsabilidade no trânsito. Tomara que sirva de exemplo.
