
Era pra ser mais uma noite comum em Chapecó, mas o que aconteceu na Rua Marechal Deodoro da Fonseca não vai ser esquecido tão cedo. Um Honda City prateado, dirigido por uma mulher de 42 anos, transformou uma vida em estatística trágica.
O jovem—só 19 anos, imagina—cruzava a rua quando foi surpreendido. O impacto foi brutal. Testemunhas ainda parecem estar em choque, descrevendo a cena como "algo de filme de terror".
E aqui vem o detalhe que faz a gente questionar tudo: a motorista acumulava nada menos que 30 multas de trânsito. Trinta! Algumas por excesso de velocidade, outras por avanço de sinal... Um histórico que mais parecia uma coleção de negligências.
O momento da prisão
Quando a polícia chegou, encontrou uma cena caótica. A motorista—cujo nome não foi divulgado—estava claramente alterada. Não vou entrar em detalhes, mas digamos que seus sentidos não estavam precisamente aguçados. Foi presa na hora, sem muita cerimônia.
O delegado responsável pelo caso não disfarçou a revolta: "É inacreditável que alguém com tantas multas continue dirigindo. O sistema falhou, e hoje um jovem perdeu a vida por isso".
Um problema que vai além
O caso reacende um debate antigo: até que ponto a legislação de trânsito é eficaz? Como alguém com trinta multas—trinta!—continua com carteira válida? Perguntas que ficam no ar, ecoando na mente de quem ouve essa história.
O jovem vitimado—cuja identidade foi preservada—era conhecido por seu sorriso fácil e amor por futebol. Sua família, naturalmente, está devastada. "Era um menino bom, cheio de planos", disse um vizinho, com voz embargada.
Enquanto isso, a motorista aguarda julgamento. Suas trinta multas agora parecem pequenas perto da acusação que enfrenta: homicídio culposo no trânsito. Mas—e aqui vai minha opinião—culposo mesmo? Com tanto histórico de infrações?
O caso serve de alerta para todos nós. Quantas vezes vemos motoristas imprudentes e não fazemos nada? Quantas multas são necessárias para tirar alguém das ruas? Perguntas difíceis, que agora têm rosto e nome em Chapecó.