
Uma cena que infelizmente se repete com frequência alarmante nas nossas estradas. Desta vez, o palco da tragédia foi a BR-116, em Juiz de Fora, onde um motociclista perdeu a vida de forma brutal no último domingo.
Parece que foi num piscar de olhos. Um carro, do nada, simplesmente resolveu invadir a contramão. O motocicista — que seguia sua viagem tranquilamente — não teve a menor chance. O impacto foi daqueles que não deixam margem para dúvidas: violento, seco, definitivo.
O que realmente aconteceu naquele trecho da rodovia?
Testemunhas contam que o carro simplesmente apareceu do lado errado da pista. Não deu tempo de buzinar, muito menos de desviar. A colisão foi frontal, direta, daquelas que a gente só vê nos filmes — mas com a cruel diferença de que aqui era a vida real.
O socorro chegou rápido, é verdade. A Polícia Rodoviária Federal e os bombeiros correram para o local. Mas algumas coisas, quando acontecem, já nascem sem solução. O motociclista, ainda no local, teve seu óbito confirmado. Frio, técnico, burocrático — assim são os termos que usam para descrever a morte.
E agora, o que fica?
Mais uma família destruída. Mais um nome que vira estatística. Mais um número que engrossa aquelas pesquisas chatas sobre acidentes de trânsito. Sabe aquela sensação de "poderia ser eu"? Pois é, poderia mesmo.
O motorista do carro — esse, sim, sobreviveu. Foi levado para um hospital da região, mas convenhamos: como será que ele vai carregar esse peso pelo resto da vida? Dirigir na contramão não é acidente, é escolha. Uma escolha errada, fatal, irreversível.
A BR-116, aquela velha conhecida de todos nós que já pegou estrada, agora tem mais uma história triste para contar. Mais uma cruz na beira do asfalto. Mais flores murchando sob o sol.
Enquanto isso, a PRF faz seu trabalho — perícia, investigação, papéis, formulários. Tudo muito correto, muito protocolado. Mas a pergunta que não quer calar: quando é que a gente vai aprender, de verdade, que o volante não é brinquedo?
O trânsito no local ficou complicado por horas. Mas convenhamos: o maior congestionamento mesmo ficou no coração de quem conhecia o motocicista. Esse sim, não tem previsão para normalizar.