
Era para ser mais uma manhã normal de trabalho para a equipe do "Bom Dia Amazônia" da Rede Amazônica. A repórster se preparava para sua entrada ao vivo, aquela correria típica de quem trabalha com jornalismo — fones de ouvido, microfone, aquela tensão gostosa que antecede o "vai!" do produtor.
Mas o inesperado decidiu fazer sua própria participação especial.
De repente, no meio da rua, um motociclista resolveu transformar o asfalto em seu palco particular. E que palco! Bem ali, a poucos metros da equipe de reportagem, o piloto começou a fazer aquilo que popularmente chamam de "grau" — levantando a roda dianteira da moto como se estivesse em um espetáculo circense, não em via pública.
O susto que virou notícia
A reação da repórster foi instantânea — e completamente humana. Quem não pularia? A profissional, que momentos antes focava em transmitir informações importantes para os telespectadores, agora dividia sua atenção entre a câmera e o espetáculo perigoso que se desenrolava às suas costas.
"Nossa!" — foi uma das exclamações que escapou, num misto de surpresa e preocupação genuína. A situação era, no mínimo, surreal: uma reportagem séria sendo interrompida por um motoqueiro que parecia ter esquecido que as ruas de Manaus não são pista de motocross.
O que mais chama atenção nesse tipo de situação — e isso é algo que sempre me intriga — é a falta completa de noção de algumas pessoas. Será que ele não viu as câmeras? A equipe técnica? O carro da emissora estacionado ali por perto?
Os riscos reais por trás do "espetáculo"
Mais do que uma simples interrupção inconveniente, o episódio serve como um alerta sobre comportamentos de risco no trânsito. Pense bem:
- Uma manobra mal calculada poderia ter terminado em tragédia
- A distração causada poderia afetar outros motoristas
- O exemplo é péssimo — principalmente para jovens que assistem
E olha, não estou aqui para fazer sermão — cada um sabe onde o calo aperta — mas convenhamos: há lugares e lugares para exibir habilidades sobre duas rodas. O meio da rua, durante o horário de pico, com pedestres e outros veículos circulando, definitivamente não é um deles.
O after da confusão
Após o susto inicial, a profissional — mostrando aquele sangue frio que todo jornalista desenvolve com o tempo — conseguiu retomar a compostura e seguir com a transmissão. Mas a expressão no rosto ainda denunciava a adrenalina do momento.
É curioso como o ao vivo na televisão tem dessas coisas — por mais que você se prepare, por mais que ensaie, sempre pode surgir um elemento surpresa que transforma completamente a dinâmica da reportagem. Nesse caso, o elemento surpresa veio sobre duas rodas e com a roda dianteira no ar.
O vídeo do incidente, naturalmente, começou a circular nas redes sociais. Alguns acham graça, outros ficam indignados — a reação sempre é polarizada quando o assunto é esse tipo de manobra na via pública.
Particularmente, acho que o mais preocupante nem é o susto da equipe de reportagem — isso passa. O que fica é a normalização de comportamentos arriscados que, em frações de segundo, podem transformar vidas. Mas, bem, essa já é outra conversa...