Era para ser mais uma tarde como qualquer outra. O sol ainda brilhava sobre Goiânia quando o impensável aconteceu. Por volta das 17h30 desta segunda-feira, 7 de outubro, a vida de uma família mudou para sempre no Setor Pedro Ludovico.
Uma menina de apenas 8 anos — imagine a inocência, os sonhos pela frente — brincava perto de casa quando foi atingida por um carro. O detalhe mais cruel? Ela estava na calçada, teoricamente no lugar mais seguro. O veículo, segundo testemunhas, simplesmente subiu no meio-fio.
O socorro foi imediato, mas já era tarde demais. O Corpo de Bombeiros chegou rapidamente, os profissionais fizeram de tudo — você sabe como são esses heróis do dia a dia — mas os ferimentos eram gravíssimos. A criança foi levada às pressas para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), porém não resistiu.
O que realmente aconteceu?
A Polícia Militar ainda está apurando os detalhes, mas algumas coisas já são claras. O motorista, um homem de 23 anos, permaneceu no local. Ele colaborou com os investigadores e, pelo que se sabe, não apresentava sinais de embriaguez. Mas isso, convenhamos, é pouco consolo para uma família que perdeu uma filha.
O trecho da Rua 19, onde ocorreu o acidente, agora está marcado por uma dor silenciosa. Vizinhos comentam entre si, alguns ainda em estado de choque. "Ela estava tão feliz hoje cedo", relatou uma moradora que preferiu não se identificar — compreensível, nessas horas ninguém quer holofotes.
E agora?
O caso segue sob investigação do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-GO). Especialistas em trânsito que acompanham o caso já adiantam: situações como essa reforçam a necessidade urgente de melhorias na sinalização e conscientização dos motoristas. Quantas tragédias precisam acontecer antes que algo mude de verdade?
Enquanto isso, a família da pequena vive o luto. Não é justo — uma criança deveria estar preocupada com lição de casa e brincadeiras, não com o perigo nas calçadas. A prefeitura de Goiânia se manifestou através de nota, oferecendo apoio psicológico aos familiares. Um gesto importante, sem dúvida, mas que não devolve uma vida.
O que fica como lição? Talvez a necessidade de redobrar a atenção — tanto de quem dirige quanto de quem cuida das crianças. Porque no trânsito, como na vida, um segundo de distração pode custar tudo.
