Mais de 5 mil CNHs esquecidas no Pará: entenda o prejuízo e como evitar multas
Mais de 5 mil CNHs esquecidas no Pará: evite multas

Imagine ter um documento crucial — sua habilitação — pronto e esperando por você, enquanto você segue na vida sem ele. Pois é exatamente isso que acontece com mais de cinco mil paraenses que, por algum motivo, simplesmente abandonaram suas CNHs no Detran.

O fato é no mínimo curioso: o Departamento de Trânsito do Pará divulgou um balanço mostrando que um verdadeiro exército de carteiras — 5.004, para ser exato — está parado, encaixotado e sem dono nos seus centros de atendimento. Todas foram emitidas e aprovadas, mas nunca foram buscar. Um verdadeiro mistério de logística pessoal.

O que acontece com essas CNHs?

Elas não viram pó, não são descartadas e muito menos doadas. Ficam guardadas, organizadas por data de emissão, aguardando que alguém finalmente se lembre de que deu entrada no documento. A situação mais comum? A pessoa faz o processo todo, tira a foto, faz o exame, paga as taxas… e some. Some do mapa.

Algumas dessas carteiras estão lá desde 2022. Sim, você leu certo: há quase três anos. É tempo suficiente para esquecer que se fez algo do tipo, não é mesmo?

E o prejuízo? Vai além do óbvio

Claro, ficar sem a CNH é um problemão na hora de ser parado numa blitz. Multa, veículo retido, dor de cabeça na certa. Mas a questão é mais profunda. Todo o recurso público gasto na emissão — papel, tinta, servidores, sistema — fica ali, parado, sem cumprir sua função. É dinheiro que, literalmente, empacou.

E tem mais: o cidadão que não retira o documento pode, sim, ser multado por dirigir sem a carteira, mesmo ela estando pronta e emitida. A ironia é cruel.

Como saber se você é um dos 'esquecidos'?

O processo é mais simples do que se imagina. Basta acessar o site do Detran-PA (www.detran.pa.gov.br) e consultar o status da sua CNH. Se estiver como "emitida" ou "pronta para retirada", é correr — não dirigindo, claro — até um dos postos de atendimento.

Leve um documento de identidade com foto e o CPF. Se passou mais de um ano, talvez precise pagar uma nova taxa de emissão. Mas ainda assim, vale a pena resolver.

No fim das contas, é uma daquelas situações em que uma simples atitude — ir buscar o que é seu — resolve uma encrenca potencialmente grande. Melhor do que dar de presente para o governo uma multa futura, não concorda?