A madrugada desta terça-feira (08) trouxe uma daquelas notícias que ninguém quer receber — aquelas que chegam como um soco no estômago e deixam uma comunidade inteira de luto. Por volta das 2h30, no cruzamento da Rua dos Uirapurus com a Rua dos Bem-te-vis, no bairro Diamantino, a rotina pacata do local foi brutalmente interrompida por um ruído de metal se contorcendo que ecoou pela escuridão.
Era o som do inevitável: um Honda Civic, desses que a gente vê rodando pela cidade inteira trabalhando para aplicativos, e uma motocicleta Honda CG 160 travaram num abraço mortal que ninguém poderia ter previsto. O que aconteceu exatamente? Bom, os detalhes ainda são um quebra-cabeça que a polícia tenta montar, mas o resultado final foi devastador.
Uma vida interrompida no auge
Na moto, um jovem — desses que tinham a vida toda pela frente — não resistiu aos ferimentos. Ele foi levado às pressas para o Hospital Municipal de Santarém, mas infelizmente... bem, os médicos não puderam fazer milagres. O que me faz pensar: quantas vidas precisam ser perdidas assim, de forma tão abrupta e violenta, antes que algo mude de verdade?
O motorista do Civic, por sua vez, saiu ileso fisicamente — mas carregará nas costas o peso desse momento pelo resto da vida. Imagino que nenhum valor pago por corrida vale uma experiência dessas.
O depois do caos
O que se viu depois foi aquela cena tristemente familiar: viaturas do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) isolando a área, os faróis azuis girando contra a escuridão, técnicos do Instituto de Criminalística (IC) fazendo seu trabalho meticuloso. Cada minuto parecia uma eternidade para quem passava pelo local.
E agora? Agora resta o silêncio — aquele que dói mais que qualquer barulho. Restam as perguntas sem resposta, a família despedaçada, os amigos que não acreditam na notícia. O corpo do jovem foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde a burocracia da morte segue seu curso implacável.
Enquanto isso, a Polícia Civil já abriu inquérito para tentar desvendar essa teia de acontecimentos. Será que foi um momento de distração? Excesso de velocidade? As condições da pista? As possibilidades são várias, mas a verdade é que, não importa a causa, o resultado final é o mesmo: uma cadeira vazia na mesa de jantar, um celular que não tocará mais, sonhos que se transformaram em memórias.
Mais um dia, mais uma tragédia anunciada nas ruas de Santarém — e a gente segue, tentando entender o que precisa acontecer para que histórias como essa deixem de ser tão comuns.
