
Uma tarde comum que terminou em tragédia. Isso resume o que aconteceu na Rua Coronel Mendes, no coração de Resende, quando Dona Luzia Ferreira, 72 anos, foi simplesmente atravessar a rua para comprar pão. Quem diria que seria sua última saída de casa?
Por volta das 15h30 dessa segunda-feira, o silêncio do centro comercial foi quebrado por um barulho seco de metal contra asfalto. Uma moto Honda CG - dessas que todo mundo conhece - avançou sobre a calçada e atingiu a idosa com uma violência que chocou as testemunhas. "Foi tudo muito rápido, a senhora nem teve chance", contou um comerciante que preferiu não se identificar, ainda visivelmente abalado.
Fuga Covarde Deixa Família em Desespero
O que mais revolta nessa história toda é o que veio depois. Em vez de parar para prestar socorro - o mínimo que se espera de qualquer ser humano - o motociclista simplesmente acelerou e desapareceu na primeira esquina. Deixou uma senhora indefesa jogada no chão, com múltiplos ferimentos, enquanto ele sumia como um covarde.
O Corpo de Bombeiros chegou rápido, é verdade. Mas já era tarde demais. Os paramédicos fizeram de tudo, tentaram reanimá-la no local mesmo, mas os ferimentos eram graves demais. Dona Luzia não resistiu e morreu a caminho do hospital.
O Retrato de uma Irresponsabilidade Anunciada
Agora vem a parte que mais dá raiva: a Polícia Militar não demorou muito para encontrar o tal motociclista. E adivinhem só? O homem de 38 anos - que também não terá o nome divulgado aqui - NUNCA teve carteira de motorista na vida. Zero. Nada.
Pensa comigo: dirigir sem habilitação já é um absurdo completo. Mas fugir depois de atropelar uma senhora de idade? Isso é outro nível de falta de caráter.
O delegado responsável pelo caso foi direto ao ponto: "Além de responder por homicídio culposo no trânsito, o condutor terá de arcar com a acusação de omissão de socorro". Traduzindo: a situação dele, que já era feia, ficou muito pior.
Um Alerta que Vai Além das Estatísticas
Enquanto isso, a família de Dona Luzia tenta entender como uma idosa - que sobreviveu a tantas coisas na vida - foi vítima de uma irresponsabilidade tão evitável. Ela era conhecida no bairro pela sua simpatia, sempre com um sorriso para os vizinhos.
E cá entre nós, quantos casos como esse a gente já viu por aí? Motos cortando caminho pela calçada, gente sem habilitação se achando piloto de corrida... Até quando?
O caso serve como um daqueles alertas dolorosos - mas necessários - sobre a importância da direção responsável. Porque no final das contas, trânsito não é brincadeira. E quando alguém resolve brincar com isso, famílias inteiras pagam o preço.