Parece que toda semana a gente abre o jornal e lá está: mais uma notícia triste, mais uma família destruída. E em Aracatuba, infelizmente, os números do primeiro semestre deste ano são de cortar o coração. Quase vinte pessoas. Vinte histórias interrompidas brutalmente no asfalto.
Os dados, que saíram diretamente do Detran.SP, mostram uma realidade que a gente não pode mais ignorar. De janeiro a junho de 2025, foram registrados nada menos que 19 óbitos em decorrência de colisões, atropelamentos e outros sinistros nas vias do município. Uma verdadeira epidemia silenciosa.
O Retrato de uma Tragédia Anunciada
Quando a gente para pra pensar, cada um desses números tem um rosto, uma profissão, sonhos. E o pior? Muito disso poderia ter sido evitado. Especialistas que conversamos – gente que vive no trânsito há décadas – não têm dúvida: a combinação fatal muitas vezes envolve excesso de velocidade, aquela famosa 'distração' com o celular, e claro, a combinação mortal com o álcool.
Não é só 'azar' ou 'acidente do destino'. É falha humana, na grande maioria das vezes. A imprudência no volante se transforma em uma sentença pra quem estava no lugar errado, na hora errada.
E Agora, o Que Fazer?
A pergunta que fica, e que tira o sono de qualquer gestor público, é: como frear essa carnificina? A resposta, convenhamos, não é simples. Não existe uma bala de prata.
- Educação: Campanhas de conscientização que realmente cutuquem o cidadão, que façam ele pensar duas vezes antes de uma manobra arriscada.
- Fiscalização: Mais radares, mais blitz da Lei Seca. Tem que ter a sensação de que a multa pode chegar a qualquer momento.
- Engenharia de Tráfego: Revisão urgente de cruzamentos perigosos, sinalização clara, lombadas onde realmente importa.
É um trabalho de formiguinha, mas alguém tem que fazer. Afinal, quantas vidas ainda precisam ser perdidas para que isso vire uma prioridade de verdade?
Enquanto isso, a dor segue estampada no rosto de quem perdeu um ente querido. Uma marca que não some com o tempo. Aracatuba precisa acordar para esse problema antes que o próximo nome na lista seja o de alguém que a gente ama.
