
O que era para ser mais uma aula normal de direção transformou-se num pesadelo sobre duas rodas em Várzea Paulista. A cena foi daquelas que ficam na retina — e não sai de jeito nenhum.
Na última quarta-feira, por volta das 14h30, o routine das ruas do Jardim América foi interrompida por um estrondo seco. Dois motociclistas, vindos de direções opostas, travaram um encontro violentíssimo. A sorte — se é que podemos chamar assim — quis que não houvesse vítimas fatais.
Os detalhes que assustam
De um lado, um homem de 31 anos pilotava sua moto particular. Do outro, vinha uma moto de autoescola — sim, daquelas que a gente vê todo dia pelas ruas — com um aluno no comando e o instrutor, um senhor de 64 anos, na garupa.
O choque frontal foi inevitável. A física é cruel nessas horas: quando dois corpos se encontram em direções contrárias, a energia do impacto simplesmente dobra. E quem estava na garupa, coitado, levou a pior.
O instrutor, com mais de seis décadas de vida, foi arremessado como um boneco de pano. Caiu pesado no asfalto, sentindo na pele — literalmente — as consequências do acidente.
O socorro que veio a tempo
Testemunhas, ainda em choque, acionaram rapidamente o resgate. O Samu chegou como um anjo da guarda sobre rodas, encontrando o idoso caído, consciente, mas sentindo aquela dor aguda no quadril.
Os paramédicos, profissionais que já viram de tudo, não perderam tempo. Imobilizaram a vítima com todo cuidado — fratura no fêmur não é brincadeira — e o transportaram para o Hospital Municipal Tereza Perlatti.
Enquanto isso, o aluno motorista, de 38 anos, e o outro motociclista saíram praticamente ilesos. Um milagre, considerando a violência da colisão.
E agora, José?
A Polícia Militar registrou o ocorrido, mas aqui fica aquele questionamento que não quer calar: como dois veículos em sentidos opostos simplesmente se encontram dessa forma?
Distração? Excesso de confiança? Problema mecânico? As investigações vão apurar — ou pelo menos tentar.
O que sabemos é que mais uma família passa por apertos. O instrutor, que deveria estar ensinando as regras do trânsito, agora precisa focar numa recuperação que promete ser longa e dolorosa.
E você, motociclista, já parou pra pensar na fragilidade da vida sobre duas rodas? Um segundo de distração é tudo que separa uma viagem tranquila de uma tragédia.