
Imagine só: uma madrugada tranquila na BR-277, aquela estrada que corta o Paraná como uma linha reta no mapa, e de repente — boom! — o silêncio é quebrado por um estrondo que ecoou por quilômetros. Não foi foguete de festa junina, nem trovão. Era o som de duas carretas que se encontraram de frente, num abraço de metal que terminou em tragédia.
O motorista de uma delas, infelizmente, não resistiu. A colisão foi tão violenta que até virou notícia no rádio dos caminhoneiros antes mesmo dos bombeiros chegarem. E olha que eles apareceram rápido, viu? Mas a cena... bem, digamos que nem os mais experientes estavam preparados para o que viram.
O caos na rodovia
Pneus estourados, óleo vazando como sangue de ferida aberta, e aquela fumaça preta que subia feito cortina de teatro — só que o espetáculo era de horror. A BR-277, aquela artéria vital para o transporte de grãos e mercadorias, virou um estacionamento improvisado por seis horas intermináveis. Teve gente que aproveitou para tirar cochilo no volante; outros xingaram até a quinta geração da família do primeiro trator que apareceu na região.
- Horário do acidente: 3h47 da madrugada (quando até as corujas estavam dormindo)
- Trecho afetado: km 645, perto de Campo Largo — porque o azar sempre escolhe lugar movimentado
- Equipes no local: Bombeiros, PRF, SAMU e até um cinegrafista amador que filmou tudo pra postar no TikTok
E não pense que foi só um 'trombadinha' de trânsito. A carga de uma das carretas — dizem que era produto químico — reagiu feito pipoca no micro-ondas e causou uma explosão que assustou até os moradores de chácaras a 2km dali. Teve vizinho que achou que era fim do mundo e já começou a rezar.
Efeito dominó
Quando o sol nasceu, a fila já parecia lista de espera do SUS: 12km de lentidão. Os desvios? Viraram labirinto de terra batida onde até GPS perdia a cabeça. Teve caminhoneiro que passou fome porque o zé do caminhão-lanches ficou preso no congestionamento — tristeza em dobro.
Enquanto isso, a PRF trabalhava feito formiga em açucareiro. Limpeza, perícia, remoção dos veículos... Um ballet de máquinas e homens sujos de graxa, com aquele cheiro de gasolina e café amargo no ar. Sabe aquela sensação de 'isso aqui vai demorar'? Pois é.
Agora, fica o questionamento: será que foi sono? Falha mecânica? Ou mais um daqueles casos onde a pressa vira verbo no imperativo? A polícia ainda investiga, mas uma coisa é certa — quando o asfalto esfria, a história esquenta. E dessa vez, infelizmente, com um capítulo triste que ninguém queria ler.