Uma inovação promissora está surgindo dos laboratórios baianos para combater um dos maiores problemas da cadeia alimentícia: o desperdício. Estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), campus Feira de Santana, desenvolveram um biofilme sustentável capaz de prolongar significativamente a vida útil de frutas e legumes.
Da sala de aula para o combate ao desperdício
O projeto nasceu das mãos talentosas de jovens pesquisadoras que transformaram um problema global em oportunidade de inovação. Utilizando subprodutos da indústria alimentícia que normalmente seriam descartados, as estudantes criaram uma película protetora completamente natural e biodegradável.
Como funciona esta tecnologia sustentável? O biofilme forma uma barreira protetora sobre os alimentos, retardando o processo de amadurecimento e protegendo contra microrganismos que aceleram a deterioração. O resultado é impressionante: a vida útil dos alimentos tratados pode ser estendida em até 100%.
Impacto ambiental e econômico
Os números do desperdício de alimentos no Brasil são alarmantes. Segundo dados, cerca de 30% de todas as frutas e legumes produzidos no país são perdidos antes mesmo de chegar à mesa do consumidor. A invenção das estudantes baianas tem potencial para reduzir essas perdas pela metade.
- Redução de 50% no desperdício de frutas e legumes
- Material 100% biodegradável e não tóxico
- Utilização de resíduos da indústria alimentícia
- Aplicação simples e de baixo custo
Reconhecimento nacional
A pesquisa já está rendendo frutos além dos laboratórios. O trabalho foi selecionado para representar a Bahia na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) 2025, um dos mais importantes eventos científicos do país dedicado a projetos pré-universitários.
"Nosso objetivo sempre foi criar uma solução acessível e que realmente fizesse diferença na vida das pessoas e do planeta", compartilha uma das jovens pesquisadoras, destacando o caráter social e ambiental do projeto.
Próximos passos
As estudantes agora buscam parcerias com produtores rurais e redes varejistas para testar a tecnologia em escala comercial. O potencial de aplicação é vasto, desde pequenos agricultores familiares até grandes centrais de abastecimento.
Esta inovação baiana representa mais do que uma solução técnica - é um exemplo inspirador de como a ciência brasileira, feita por jovens talentos, pode contribuir significativamente para um futuro mais sustentável e menos desperdiçador.