Trump demite diretora do Fed: Lisa Cook, primeira mulher negra no comando, deixa cargo sob polêmica
Trump demite Lisa Cook, 1ª mulher negra no Fed

Eis que o turbilhão político chegou ao coração do sistema financeiro global. Numa jogada que surpreendeu a muitos — mas deixou poucos realmente espantados —, Donald Trump demitiu Lisa Cook do Federal Reserve. Sim, aquela mesma Lisa Cook que fez história como a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na cúpula do Fed.

Não foi uma saída tranquila, muito menos cerimoniosa. A economista, conhecida por seu trabalho meticuloso e visão progressista, deixou o cargo sob um clima pesado, típico dos embates entre a tecnocracia e a volúbilidade política.

Um marco que durou menos do que se esperava

Lisa Cook não era só mais uma nomeação. Era um símbolo. Sua chegada ao Fed em 2022 foi celebrada como um passo importante em direção à diversidade numa instituição historicamente dominada por homens brancos. Mas símbolos, aparentemente, não resistem ao fogo cruzado da política trumpista.

E olha, ela não chegou lá por acaso. Doutora por Harvard, professora em Michigan, especialista em inovação e mercados emergentes… Mulher preparada, convenhamos. Mas, na alta política, currículo às vezes vale menos que alinhamento ideológico.

O que levou à demissão?

Bom, Trump nunca escondeu sua insatisfação com a postura do Fed — principalmente quando as taxas de juros não iam na direção que ele queria. Lisa Cook, por sua vez, sempre defendeu políticas monetárias cautelosas, com um olhar voltado para o emprego e a inclusão econômica.

Nada disso combinava muito com o estilo agressivo e volatile do ex-presidente. E, quando as pressões aumentaram, ela acabou ficando no caminho.

Não foi uma demissão silenciosa. Fontes próximas ao Fed relatam tensões palpáveis nos corredores do poder monetário. O clima, dizem, estava pesado já fazia semanas.

E agora, o que acontece?

A saída de Cook deixa um vazio não só racial e de gênero, mas também intelectual. Ela trazia uma perspectiva diferente para a mesa — algo que, em tempos de crise econômica global, faz mais falta do que se imagina.

O mercado, é claro, ficou de olho. Mudanças no Fed nunca passam batidas. E quando envolvem figuras chave como Lisa, menos ainda.

Resta saber quem ocupará sua cadeira — e se Trump continuará a moldar o Fed à sua imagem, como tantas vezes prometeu durante a campanha.

Uma coisa é certa: a demissão de Lisa Cook não é só mais uma troca de comando. É um capítulo numa guerra maior — aquela entre a independência técnica dos bancos centrais e a vontade, cada vez mais audível, dos ventos políticos.