
Parece que finalmente vamos ver algum movimento no front judicial desse caso que já se arrasta há tempos. O ministro da Justiça, Flávio Dino, soltou a bomba — ou melhor, confirmou o que muitos já esperavam — durante uma entrevista coletiva em Brasília. E olha, a notícia é quente: o STF está mesmo preparando o terreno para colocar na pauta, ainda em dezembro, as sessões de julgamento do tal Núcleo 2 da investigação sobre a trama golpista de 2022.
Não é pouca coisa, gente. Dino foi categórico ao afirmar que o presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, já sinalizou positivamente sobre o calendário. "Tive a confirmação do presidente Barroso de que o julgamento do Núcleo 2 será marcado para dezembro", declarou o ministro, com aquela segurança de quem sabe que o assunto é dos mais importantes para a democracia brasileira.
O que vem por aí no Núcleo 2?
Se você tá meio perdido nessa história toda, vou tentar explicar. O Núcleo 2 não é brincadeira — ele foca especificamente nas investigações sobre a atuação de autoridades que, supostamente, teriam agido para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder mesmo após a derrota eleitoral. Estamos falando de gente graúda, viu?
O ministro deixou claro que a expectativa do governo Lula é que o Supremo realmente bote a mão na massa e avance com esses julgamentos. "É fundamental que o Supremo Tribunal Federal dê andamento a esses processos", enfatizou Dino, numa clara mensagem de que o Executivo tá de olho e esperando ações concretas.
O timing político
E não me venham dizer que o calendário é mera coincidência. Marcar esses julgamentos para dezembro — bem no final do ano, quando a atenção da população já começa a divagar pensando nas férias e festas — parece uma jogada estratégica. Será que é para evitar muito barulho midiático? Ou será que é porque o processo realmente amadureceu e tá pronto para vir à tona?
Dino, é claro, defende a segunda opção. Segundo ele, o andamento das investigações já permite — e exige — que o STF tome as rédeas do processo. "O trabalho das investigações já está maduro", garantiu, deixando transparecer uma certa impaciência com a demora que esses casos vêm enfrentando.
O que me preocupa — e deve preocupar a todos nós — é que esses adiamentos constantes podem minar a confiança da população no sistema judicial. Quando casos de tamanha gravidade ficam parados, a impressão que fica é de que a justiça anda devagar demais para certos setores.
E as outras investigações?
Ah, e tem mais! O ministro também comentou sobre outros núcleos da investigação. Parece que o Núcleo 1 — aquele que trata dos financiadores da tal trama golpista — também está sendo preparado para seguir adiante. Dino adiantou que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, já está analisando possíveis denúncias relacionadas a esse primeiro grupo.
É como se estivéssemos vendo um dominó começar a cair. Primeiro um núcleo, depois outro... O que me pergunto é: até onde essa corrente vai chegar? Quantas peças ainda precisam se encaixar para entendermos a dimensão real do que foi planejado contra as instituições democráticas?
Uma coisa é certa: dezembro promete ser um mês quente no Supremo. Enquanto a maioria das pessoas estará preocupada com compras de Natal e planejando viagens, os ministros estarão diante de decisões que podem definir os rumos da nossa jovem democracia. E aí, será que o brasileiro comum vai prestar atenção nisso tudo?
Particularmente, acho difícil. Mas talvez — só talvez — essa seja exatamente a intenção.