
A coisa está pegando fogo em Brasília, e não é só por causa do clima seco. O último decreto do presidente Lula está causando um rebuliço dos grandes no Congresso, com a oposição já afiando as facas para tentar derrubar a medida.
O que esse tal decreto faz, afinal? Basicamente, ele abre uma brecha — e que brecha! — para que a primeira-dama, Janja (ou Rosângela Silva, para os íntimos do RG), possa ocupar cargos de confiança no primeiro escalão do governo. Conveniente, não?
O jogo político esquenta
Os parlamentares de oposição não engoliram essa. Eles argumentam, com certa razão, que a medida cheira mal. Muito mal. "É o famoso jeitinho para beneficiar familiares", disparou um deputado, que preferiu não se identificar enquanto mexia no vespeiro.
Do outro lado, os governistas tentam justificar a jogada. Dizem que a primeira-dama, sendo socióloga e com experiência na área social, tem qualificação de sobra para contribuir com o governo. Mas convenhamos: nesse tabuleiro político, as aparências contam — e muito.
O que diz a lei
Aqui está o pulo do gato: tradicionalmente, parentes de até terceiro grau do presidente são impedidos de assumir certos cargos. É uma regra antiga, criada justamente para evitar... bem, exatamente isso que está acontecendo agora.
O decreto de Lula, no entanto, parece encontrar uma brecha legal. Uma brecha que, na prática, permite que Janja possa ser nomeada para funções importantes. A oposição já está se articulando para fechar essa brecha com tudo.
E agora, José?
O clima no Congresso está daqueles — daqueles de deixar qualquer um de cabelo em pé. Os grupos de WhatsApp não param de vibrar, com mensagens indo e voltando a toda hora. A sensação é que essa briga vai longe.
Alguns analistas políticos já preveem um desgaste desnecessário para o governo. "Em um momento que exigiria unidade, o presidente escolheu criar mais uma polêmica", comentou um experiente observador do Planalto, entre um gole de café e outro.
O fato é que Brasília vive mais um daqueles capítulos que misturam direito, política e... bem, relações familiares. E como tudo que envolve esses três elementos, promete render muita discussão.
Enquanto isso, nos corredores do poder, sussurra-se que Janja já estaria sendo cotada para uma posição na área cultural. Será? O tempo — e as manobras políticas — dirão.