
Era para ser mais um evento acadêmico tranquilo na UFSC, mas a presença do deputado Nikolas Ferreira transformou tudo numa arena política imprevisível. Enquanto grupos de manifestantes se reuniam do lado de fora — com aqueles cartazes de sempre — o parlamentar resolveu encarar a situação com uma dose pesada de ironia.
«Que surpresa, não é mesmo?» — brincou Ferreira, com aquele sorriso maroto que já virou sua marca registrada. Ele não só ignorou os protestos como ainda usou as críticas como material para seu discurso. Corajoso? Provocador? Ou apenas fazendo o que sabe melhor: gerar engajamento.
Dentro do auditório, o clima era eletrizante. Enquanto parte da plateia aplaudia de pé, outros permaneciam em silêncio constrangedor — daqueles que falam mais que gritaria. O deputado, é claro, não perdeu a chance de comentar: «Sempre bom ver a democracia em ação, mesmo quando ela vem com vaias».
Os organizadores do evento tentaram manter a neutralidade, mas era evidente o desconforto de alguns. Afinal, ninguém esperava que uma palestra sobre educação se transformasse num campo minado político. Mas, vamos combinar: nos dias de hoje, tudo vira motivo para polarização.
O que mais chama atenção — e aqui vou dar minha opinião — é a capacidade do Ferreira de transformar críticas em combustível para sua narrativa. Enquanto os adversários tentam diminuí-lo, ele só cresce. Estrategista? Opportunista? Cada um tira suas conclusões.
O certo é que a cena na UFSC ilustra perfeitamente o momento político brasileiro: dividido, apaixonado e, frequentemente, teatral. E no centro disso tudo, figuras como Nikolas Ferreira parecem nadar de braçada nessas águas turbulentas.
Resta saber se essas táticas funcionam a longo prazo ou se são apenas fogos de artifício. Mas uma coisa é certa: ele não passa despercebido.