
O clima em Brasília está mais quente que o habitual — e não é só por causa do verão que se aproxima. A política nacional ganhou mais um capítulo de tensão nesta terça-feira, quando o deputado federal Mário Frias, mais conhecido como Motta, resolveu entrar na roda após as declarações do presidente Lula sobre o Congresso Nacional.
Parece que as coisas estão realmente pegando fogo por aqui. Lula, em seu estilo característico, disparou críticas ao Legislativo, sugerindo que o Congresso estaria "travando" pautas importantes do governo. Mas Motta não ficou quieto. Não mesmo.
O Rebate que Ecoou nos Corredores do Poder
"Acredito que a crítica do presidente tenha sido mais direcionada à extrema-direita", afirmou o deputado, com aquela tranquilidade que só quem está acostumado com os bastidores do poder consegue manter. Ele praticamente sugeriu que Lula estava usando um tiro de canhão para matar uma mosca — ou melhor, mirando no Congresso mas querendo acertar outro alvo.
O que mais chama atenção nesse episódio todo é o timing. Sabe como é política: tudo tem hora certa, e essa troca de farpas acontece justamente quando o governo tenta emplacar suas prioridades no Legislativo. Coincidência? Difícil acreditar.
Um Jogo de Xadrez com Peças Invisíveis
Motta, que já foi secretário especial da Cultura no governo anterior, mostrou que ainda mantém seu faro político afiado. Ele não apenas rebateu as críticas, mas fez questão de colocar os pingos nos is — analisando o que realmente estaria por trás das palavras do presidente.
O Congresso, segundo ele, segue trabalhando normalmente. "Está tudo dentro dos conformes", parece ser a mensagem. Mas entre as linhas, dá para sentir aquele clima de "não vamos levar desaforo para casa".
E olha, não é de hoje que essa relação entre Executivo e Legislativo anda mais complicada que receita de vó. Lula, do seu lado, tenta costurar apoios. O Congresso, do outro, mostra que tem vontade própria. E no meio disso tudo, figuras como Motta aparecem como termômetro desse calor político.
O que Fica Desse Duelo de Narrativas?
No final das contas, essa troca de farpas revela muito sobre o momento político que vivemos. De um lado, um presidente tentando impor sua agenda. Do outro, um Congresso que não quer ser tratado como mero coadjuvante.
Motta, com sua resposta medida mas firme, mostrou que há espaço para o diálogo — mas também para o contraditório. Resta saber se essa troca vai esfriar os ânimos ou se é só o começo de um novo capítulo nessa novela que é a política brasileira.
Uma coisa é certa: as câmeras vão continuar ligadas nos corredores do Planalto e do Congresso. Porque quando o assunto é poder, sempre tem mais história para contar.