
O cenário político brasileiro parece estar mais definido do que muita gente imagina. E os números não mentem - ou melhor, a pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira, traz dados que vão dar o que falar nos bastidores do poder.
Lula não apenas mantém sua dianteira na corrida presidencial, como demonstra uma força eleitoral que deixa adversários em situação complicada. O atual presidente aparece com 35% das intenções de voto no primeiro turno, um número que, convenhamos, não é nada desprezível considerando o atual momento político.
Os números que impressionam
Mas é no segundo turno que a coisa fica realmente interessante. O levantamento mostra que, independentemente do oponente, Lula sai na frente - e com folga. Contra Bolsonaro, a vantagem é de 9 pontos percentuais (49% a 40%). Já diante de Tarcísio de Freitas, a diferença salta para 15 pontos (48% a 33). E olha só que curioso: quando a disputa é com Simone Tebet, a margem chega a impressionantes 21 pontos (51% a 30%).
Parece que o eleitorado já tem suas preferências bem definidas, não é mesmo?
Rejeição: o calcanhar de aquiles dos adversários
Aqui vai um dado crucial que explica muita coisa: a rejeição. Enquanto Lula registra 44% de avaliações negativas, seus potenciais concorrentes enfrentam números bem mais complicados. Bolsonaro tem 55% de rejeição - um número que, convenhamos, não ajuda em nada numa campanha eleitoral. Tarcísio aparece com 41%, e Simone Tebet com 38%.
É aquela velha história: às vezes não é só sobre quantos te querem, mas sobre quantos definitivamente não te querem.
O que esses números realmente significam?
Analisando friamente os dados - e fazendo uma leitura entre linhas - fica claro que o presidente construiu uma base sólida que parece resistir às turbulências políticas. A pesquisa ouviu 2.000 eleitores entre 21 e 24 de junho, em 121 municípios espalhados por todo o Brasil. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, então podemos considerar esses números bastante confiáveis.
O que me chama atenção é a consistência dos resultados. Em praticamente todos os cenários testados, Lula mantém uma vantagem confortável. Isso não é algo que se constrói da noite para o dia, né?
E o cenário sem Lula?
Agora, se por um acaso - e só por hipótese mesmo - Lula não fosse candidato, o panorama muda completamente. Nesse cenário alternativo, Bolsonaro assumiria a liderança com 31%, seguido por Tarcísio (16%) e Simone Tebet (10%).
Mas, cá entre nós, essa é uma possibilidade que parece distante da realidade atual. Tudo indica que teremos sim o presidente na disputa.
Os números estão aí, claros como água. Resta agora aos demais atores políticos decidirem como vão lidar com essa realidade. Uma coisa é certa: o tabuleiro político brasileiro para 2024 está começando a tomar forma, e as peças parecem estar se movendo de forma bastante previsível.
O que você acha? Surpreso com esses números ou já esperava por isso? A política sempre nos reserva surpresas, mas algumas coisas parecem estar ficando cada vez mais claras.