Jogos online impulsionam recrutamento militar na Austrália para maior patamar em 15 anos
Jogos online impulsionam recrutamento militar na Austrália

Quem diria que jogar no computador poderia levar alguém direto para os quartéis? Pois é exatamente isso que está acontecendo na Austrália, onde o recrutamento militar atingiu seu nível mais alto em uma década e meia — e os games têm um papel fundamental nessa história toda.

Dados oficiais mostram que as Forças Armadas australianas registraram um aumento de 28% no número de voluntários no último ano fiscal. Um salto e tanto, considerando que desde 2010 não se via nada parecido.

O poder dos pixels

Os estrategistas militares lá de baixo do Equador sacaram que, para fisgar a geração Z, precisavam falar a língua deles. E adivinha só? Criaram um jogo online chamado "Army Recruit" que simula missões militares — sem aquela chatice dos simuladores tradicionais.

"É impressionante como os jovens que passam horas nesse jogo acabam se interessando pela carreira", comenta um sargento que prefere não se identificar. "Eles chegam no quartel já sabendo trabalhar em equipe virtualmente. Só falta adaptar para o mundo real."

Não é só diversão

Claro que os games são só a ponta do iceberg. O Exército australiano investiu pesado em:

  • Campanhas nas redes sociais que mostram o dia a dia real dos soldados
  • Parcerias com influenciadores digitais
  • Realidade virtual para simulações de treinamento

E parece que a estratégia está dando certo — talvez até demais. Alguns críticos questionam se essa "gamificação" do serviço militar não estaria banalizando a seriedade da profissão. Mas, convenhamos, em tempos de concorrência acirrada por talentos, quem não se adapta fica para trás.

Além das fronteiras digitais

Enquanto isso, os recrutadores de carne e osso continuam fazendo seu trabalho tradicional. Feiras de carreira, visitas a escolas e aquelas barraquinhas em eventos públicos que todo mundo evita olhar — tudo continua rolando.

Só que agora, com um detalhe curioso: muitos dos candidatos chegam citando experiências nos jogos como motivadores para se alistarem. "Já estava acostumado a liderar meu esquadrão virtual, quis tentar a versão real", confessou um recruta de 19 anos durante o treinamento básico.

O sucesso é tanto que outros países já estão de olho. Será que veremos uma onda global de recrutamento 2.0? Bom, pelo menos na Austrália, a estratégia parece estar valendo cada clique.