O negócio é o seguinte: a família que reina unida no conservadorismo, agora parece estar rachando feito um vidro. E não é por pouco – a treta é sobre ninguém menos que Tarcísio de Freitas, o homem forte de São Paulo.
De um lado, Flávio Bolsonaro, o senador, puxando a brasa pra sardinha do governador com uma força descomunal. Do outro, Eduardo Bolsonaro, o deputado, soltando os cachorros e praticamente dizendo que Tarcísio não representa porra nenhuma do que a família prega. E aí, meu amigo, o circo pegou fogo.
O Irmão que Bate Palmas e o que Aponta o Dedo
Flávio não só apoia, como defende Tarcísio com uma convicção que chega a dar inveja. Ele vê no governador uma extensão natural do bolsonarismo, uma peça chave no tabuleiro político nacional. Mas e o Eduardo? Ah, o Eduardo joga uma água gelada nesse churrasco todo.
Num tom que mistura ceticismo com uma pitada de desdém, ele basicamente descarta Tarcísio como a grande esperança conservadora. Para ele, o governador está mais para um peixe fora d'água no projeto da família – e não tem medo de dizer isso com todas as letras.
PSDB no Meio do Fogo Cruzado
Aqui que a coisa fica ainda mais suja. Tarcísio, que hoje é a grande estrela do Republicanos, tem um passado que pesa como uma âncora para os bolsonaristas mais radicais: suas raízes no PSDB, o partido que por anos foi o arqui-inimigo número um do clã.
Eduardo não perdoa isso. Ele vê essa ligação como uma mancha original, algo que impossibilita Tarcísio de ser o verdadeiro herdeiro político do bolsonarismo. Flávio, por outro lado, parece acreditar numa conversão genuína – ou pelo menos, numa conveniência política que vale a pena abraçar.
O Que Isso Tudo Significa?
Para além da fofoca familiar, essa briga expõe uma fissura séria no movimento conservador. Quem manda? Quem define o que é ser bolsonarista em 2024? É uma guerra de narrativas onde cada irmão puxa a corda para um lado.
Enquanto isso, Tarcísio deve estar lá em São Paulo, assistindo a tudo com um misto de gratidão pelo apoio de Flávio e uma pulga atrás da orelha com as cutucadas de Eduardo. Uma coisa é certa: a família Bolsonaro nunca foi tão publicamente dividida sobre um aliado. E quando a discórdia vem de dentro de casa, o estrago pode ser irreparável.
