Em uma declaração que promete acirrar os ânimos no debate sobre segurança pública, a deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, saiu publicamente em defesa da posição do governo Lula contra um polêmico projeto de lei que pretende equiparar as facções criminosas a organizações terroristas.
Posicionamento terminante do Planalto
Durante coletiva à imprensa, Hoffmann foi enfática ao afirmar que o Palácio do Planalto é "terminantemente contra" a proposta que está em tramitação no Congresso Nacional. A parlamentar não mediu palavras para expressar a discordância do governo com a iniciativa.
"O governo é terminantemente contra esse projeto que equipara facções ao terrorismo", declarou a petista, deixando claro que o Executivo não apoiará a medida caso ela avance no Legislativo.
Os argumentos por trás da oposição
Embora não tenha detalhado todos os motivos técnicos durante a declaração, a posição do governo reflete preocupações com possíveis consequências jurídicas e operacionais dessa equiparação. Especialistas em segurança pública apontam que a classificação como terrorismo poderia:
- Alterar significativamente as estratégias de investigação
- Impactar a atuação das forças de segurança
- Criar novos desafios no sistema prisional
- Mudar a forma como o Brasil lida com essas organizações internacionalmente
O contexto político da discussão
A discussão sobre o tratamento legal dado às facções criminosas ganhou novos contornos nos últimos meses, especialmente após episódios de violência em vários estados brasileiros. Enquanto setores mais conservadores defendem a equiparação ao terrorismo como forma de endurecer o combate ao crime organizado, o governo parece preferir manter o enquadramento atual no código penal.
O posicionamento de Gleisi Hoffmann deixa claro que, pelo menos por enquanto, a gestão Lula não pretende mudar a forma como o Estado brasileiro classifica e combate as organizações criminosas, mantendo-as na esfera do crime organizado comum em vez do terrorismo.