Fortuna de Flávio Dino: Ministro do STF já declarou patrimônio milionário que chamou de 'grande fortuna'
Fortuna de Dino: R$ 3,6 mi é "grande fortuna" que ele citou

Pois é, caro leitor. A vida dá voltas que às vezes deixam a gente sem saber se ri ou se chora. O ministro Flávio Dino, aquele mesmo que hoje ocupa uma das cadeiras mais importantes do STF, já teve uma definição bastante particular sobre o que considerava uma "grande fortuna". E adivinha só? O próprio patrimônio dele se encaixa perfeitamente nessa descrição.

Em 2022, quando ainda era ministro da Justiça — caramba, como o tempo voa — Dino declarou ao Tribunal Superior Eleitoral um patrimônio que beirava os impressionantes R$ 3,6 milhões. Não é pouca coisa, né? Mas o que realmente chama atenção é que, alguns anos antes, em 2018, ele mesmo havia dado uma entrevista onde classificava valores nessa faixa como... bem, deixa eu citar direitinho: "uma grande fortuna".

Das palavras aos números

A gente sabe como é — na política, o discurso de hoje pode virar arma contra você amanhã. Naquela entrevista de 2018, Dino soltou a pérola: "Quem tem R$ 2 milhões, R$ 3 milhões, R$ 4 milhões tem uma grande fortuna". Olha só a coincidência! Quatro anos depois, sua declaração de bens chegava exatamente nesse patamar que ele próprio havia definido como fortunoso.

Não é ironia? É quase como aquele ditado popular: cuidado com o que você fala, porque um dia suas próprias palavras podem voltar para te assombrar. E no caso do agora ministro do Supremo, elas voltaram com força total.

O que compõe essa fortuna?

Vamos aos detalhes, que é o que interessa. A declaração de 2022 mostrava:

  • Dois apartamentos — um em São Luís e outro em Brasília, claro
  • Um sítio, porque todo político precisa de um refúgio rural, não é?
  • Aplicações financeiras que somavam mais de R$ 1,6 milhão
  • Quase R$ 200 mil em espécie, dinheiro vivo mesmo

E sabe o que é mais curioso? Entre 2021 e 2022, o patrimônio do então ministro cresceu nada menos que 17%. Em um ano conturbado para a economia do país, ele conseguiu fazer sua fortuna aumentar significativamente. Alguém aí gostaria de saber o segredo?

O silêncio que fala mais alto

O que me deixa pensativo — e talvez a você também — é que, desde que assumiu o STF, Dino não tem se manifestado sobre essa... digamos, interessante coincidência entre suas palavras passadas e sua realidade presente. É compreensível, convenhamos. Não é todo dia que você precisa explicar por que seu próprio patrimônio se encaixa na definição de "grande fortuna" que você mesmo criou.

Mas cá entre nós, isso levanta questões importantes sobre como nossos representantes enxergam a riqueza e, principalmente, como essa percepção pode mudar conforme sobem na carreira política. O que era "fortuna" na oposição virou... bem, o que será que virou no poder?

A verdade é que essa história serve como um daqueles lemretes incômodos sobre a distância que pode existir entre o discurso e a prática na política brasileira. E no fim das contas, nos faz perguntar: onde termina a convicção e começa a conveniência?