Revezamento Ministerial: Exonerações para Garantir Voto da MP do IOF na Câmara Terminam em Fiasco
Exonerações por voto do IOF viram fiasco na Câmara

Que situação, hein? O governo federal resolveu fazer uma jogada de mestre — ou melhor, uma dessas manobras que parecem geniais no papel mas na prática viram um verdadeiro fiasco. Dois ministros de Estado, gente da mais alta confiança, foram exonerados às pressas na terça-feira com uma missão aparentemente simples: correr para a Câmara e garantir os votos para a Medida Provisória do IOF.

Pois é, a teoria era linda. Na prática? Os caras nem sequer apareceram para votar. Ficou parecendo aquela festa que você organiza com todo cuidado e ninguém aparece.

Os personagens dessa novela política

Quem foram os protagonistas dessa história? De um lado, Ricardo Cappelli, que até então comandava a Secretaria de Justiça. Do outro, Tarcísio de Freitas, que estava na Secretaria de Pesquisa e Avaliação de Políticas Públicas. Dois nomes de peso, diga-se de passagem.

O plano do Planalto era transparente como cristal: tirar os dois de seus cargos ministeriais para que pudessem assumir como deputados federais — afinal, eram primeiros suplentes — e assim reforçar a bancada governista na votação da MP 1.267/2025, aquela que trata da majoração do IOF.

E o que aconteceu na realidade?

A sessão começou, os debates esquentaram, a votação rolou... e os dois ex-ministros, agora deputados, simplesmente não compareceram. Nem para votar a favor, nem contra, nem se quer para justificar ausência. Sumiram do mapa na hora H.

É daquelas situações que deixam qualquer um coçando a cabeça. Você mexe todas as peças do tabuleiro político, faz manobras que chamam atenção da imprensa toda, e no final... nada. Zero. Um investimento de capital político que não rendeu um centavo de retorno.

O que será que passou pela cabeça deles? Será que acharam que não valia a pena? Tiveram algum impedimento último minuto? Ou simplesmente decidiram que não era sua briga?

O contexto dessa confusão toda

Para entender a dimensão do tombo, é preciso lembrar que o governo está numa correria danada para fechar a conta pública. A MP do IOF é parte essencial desse quebra-cabeça fiscal — aumenta alíquotas do imposto sobre operações financeiras para tentar fechar o rombo nas contas.

E olha que irônico: mesmo com a ausência dos dois, a base governista conseguiu aprovar a matéria em primeiro turno por 257 votos a 170. Mas a sensação que ficou foi de que o governo deu um tiro no pé — movimentou o cenário político à toa, criou desgaste desnecessário e ainda passou a imagem de desorganização.

Não me leve a mal, todo mundo erra. Mas num momento tão delicado para a economia brasileira, essas falhas de comunicação — ou de execução — custam caro. Muito caro.

O que você acha? Foi falha de planejamento? Excesso de confiança? Ou simplesmente o dia a dia turbulento da política brasileira mostrando suas garras?

Uma coisa é certa: essa história vai ecoar pelos corredores do Congresso ainda por um bom tempo. E serve de lição — nem sempre as jogadas mais ousadas são as que dão certo. Às vezes, o básico bem feito vale mais que mil manobras mirabolantes.