
Eis que o Congresso resolveu dar uma pausa naquela correria toda. A comissão mista que analisa a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) simplesmente apertou o botão de soneca nesta quarta-feira. Adiaram a votação, gente. E não foi por falta de aviso.
O curioso é que o pedido partiu de uma dupla que, em tese, deveria estar em lados opostos: Davi Alcolumbre, do DEM, e Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Juntos, solicitaram mais tempo para costurar um acordo que parece mais complicado que quebra-cabeça de mil peças.
O jogo político por trás do adiamento
Ah, a política brasileira! Nunça cansa de nos surpreender. O que parecia ser uma votação encaminhada transformou-se em um verdadeiro cabo de guerra entre o governo e o Congresso. E no centro disso tudo está a famosa LDO, que basicamente dita as regras do jogo orçamentário do ano que vem.
Danilo Forte, relator da matéria, não escondeu a frustração. "Tínhamos tudo pronto para votar", disse ele, com aquela cara de quem preparou o jantar e os convidados cancelaram na última hora. Mas reconheceu: sem consenso, melhor esperar.
Os pontos de atrito
- O governo quer flexibilidade para remanejar verbas
- O Congresso busca mais controle sobre o Orçamento
- Há disputas específicas sobre emendas parlamentares
- O timing é apertado com a proximidade do recesso
Não é moleza, não. Enquanto isso, o mercado fica de olho, os investidores coçam a cabeça e nós, meros mortais, nos perguntamos quando é que essas discussões vão sair do papel e chegar onde realmente importa.
O adiamento, na verdade, revela muito sobre o estado atual das relações entre Executivo e Legislativo. Estão todos falando, mas será que estão se entendendo? A impressão que dá é de um diálogo de surdos, com cada lado defendendo seu território como gato bravo.
E agora, José?
A próxima tentativa de votação está marcada para... bem, ainda não sabemos direito. O importante é que o prazo final é 17 de dezembro, então o tempo está escorrendo pela areia da ampulheta. Resta saber se conseguirão fechar esse acordo ou se vamos ver mais um capítulo dessa novela.
Uma coisa é certa: quando o assunto é Orçamento, todo mundo vira especialista de última hora. E no fim, quem paga o pato somos nós, contribuintes. Torçamos para que essa pausa sirva para algo mais produtivo que apenas postergar o inevitável.