Como o Congresso Nacional Pode Virar o Jogo e Reconquistar a Confiança dos Brasileiros
Como o Congresso pode virar o jogo e reconquistar confiança

Olha, vamos combinar: a imagem do Congresso Nacional não está lá essas coisas. Na verdade, está mais para um prédio em reforma com a fachada toda pichada. Mas calma, nem tudo está perdido. Analistas políticos que acompanham o dia a dia de Brasília de perto apontam caminhos – alguns bem óbvios, outros nem tanto – para essa instituição sair do buraco.

O que me dizem esses especialistas? Basicamente que o problema não é de hoje, mas a solução pode começar amanhã. Desde que haja, claro, vontade política. E aí é que mora o perigo, né?

Transparência não é opção, é obrigação

Parece clichê, mas é a pura verdade. Num país onde todo mundo desconfia de tudo – e com razão, diga-se de passagem – abrir as portas (e as planilhas) seria um começo fantástico. Estamos falando de mostrar para onde vai cada centavo, como são tomadas as decisões, quem vota no quê. Coisa básica, sabe?

Mas vai além. Um dos analistas que conversei resumiu bem: "É preciso mostrar o feijão com arroz sendo feito, não só o prato pronto". As comissões, as discussões técnicas, os embates – tudo isso precisa sair do gueto político e chegar ao cidadão comum.

Eficiência: menos conversa, mais ação

Ah, isso é um ponto que dói. Enquanto o Congresso se arrasta em discussões intermináveis, o Brasil lá fora precisa de respostas. E rápido. Os números não mentem: a produtividade legislativa vive altos e baixos que mais parecem montanha-russa em dia de chuva.

Uma sugestão que ouvi de um consultor legislativo veterano: "Priorizar o que importa de verdade para as pessoas". Em vez de ficar enrolando em projetos que só servem para ganhar manchete, focar naquilo que realmente muda o dia a dia do cidadão. Revolucionário, não?

Diálogo: essa palavra quase esquecida

Lembra quando as pessoas conversavam? Pois é. O clima em Brasília anda mais para rinha de galo do que para casa da democracia. E os especialistas são unânimes: sem um mínimo de civilidade e disposição para ouvir o outro lado, fica difícil avançar em qualquer coisa que preste.

Um professor de ciência política me contou, com certa nostalgia, dos tempos em que adversários políticos podiam discordar durante o dia e tomar uma cerveja à noite. "Hoje parece que todo mundo virou inimigo mortal", lamentou.

Comunicação: falar a língua do povo

Aqui vai uma verdade nua e crua: o Congresso é péssimo em se explicar. Fica usando um juridiquês que nem eu, que trabalho com isso há anos, às vezes preciso ler três vezes para entender. Imagina o cidadão comum?

Um dos analistas foi certeiro: "Precisam aprender a traduzir o legislativo para o português". Explicar de forma clara o que estão discutindo, por que aquilo importa, como afeta a vida de cada um. Parece simples, mas é uma arte que poucos dominam.

O elefante na sala: o custo da política

Não dá para falar em credibilidade sem mencionar esse tema espinhoso. Os gastos com a máquina política, os salários, as mordomias – tudo isso pesa na balança da opinião pública. E como pesa!

Um economista que estuda as contas públicas me disse algo que ficou na cabeça: "O Congresso precisa fazer mais com menos, como todo mundo está fazendo". Mostrar que estão economizando, sendo eficientes, cortando gordura. Isso cairia muito bem, acredite.

No final das contas, a receita dos especialistas tem um ingrediente principal: vontade política. Sem isso, fica tudo no campo das ideias. Mas se pelo menos metade dessas sugestões fosse implementada, já seria um baita avanço.

O que você acha? Será que o Congresso tem condições de virar esse jogo? Eu, particularmente, quero acreditar que sim. Porque o alternative – bom, o alternative é continuar nessa lenga-lenga que já estamos cansados de conhecer.