
O tabuleiro político paraibano está prestes a virar de cabeça para baixo. E não é pouco, não. Cícero Lucena, aquele mesmo que anda bombando nas pesquisas como possível sucessor de João Azevêdo no Palácio da Redenção, está com tudo acertado para se filiar ao MDB. Sim, você leu direito: MDB.
Parece que a coisa tá mesmo séria. As conversas rolam soltas nos corredores do poder, e tudo indica que o anúncio oficial deve sair ainda este mês. Uma jogada de mestre — ou uma aposta arriscada, dependendo de quem você pergunta.
Por que justo o MDB?
Bom, a pergunta que não quer calar: o que leva um político com as cartas na manga como Lucena a escolher o MDB nesse momento crucial? As fontes que acompanham de perto o jogo político sussurram sobre algumas vantagens estratégicas. O partido tem uma base sólida, uma máquina que funciona — e, convenhamos, nas eleições isso conta horrores.
Mas tem mais. Muito mais. O MDB paraibano vive um momento de… digamos, reorganização interna. Com a saída de alguns nomes pesados recentemente, abriu-se um espaço considerável. E olha, na política, espaço vago é convite para ocupação.
O que dizem as pesquisas
Ah, as pesquisas! Elas não mentem — ou pelo menos é o que todo mundo espera. Cícero aparece consistentemente na frente nas simulações eleitorais. Não é pouca coisa, considerando que a Paraíba sempre foi um estado com preferências políticas… bem definidas, para ser educado.
O ex-prefeito de João Pessoa carrega na bagagem a experiência da administração municipal e um reconhecimento que transcende, em certa medida, as fronteiras partidárias. Isso em um cenário onde o eleitor parece cada vez mais impaciente com siglas e mais atento a nomes.
E os outros partidos?
O PSDB, onde Cícero estava anteriormente, deve sentir o baque. Perder uma figura desse calibre não é como trocar pneu com o carro andando — é mais como perder o motor no meio da estrada. Enquanto isso, no MDB, a recepção parece ser das melhores.
Raimundo Lira, presidente estadual do partido, não esconde o otimismo. Em conversas reservadas, ele deixa transparecer que vê em Lucena não apenas um bom candidato, mas a peça que faltava para recompor o quebra-cabeça eleitoral do MDB.
Não vai ser um mar de rosas, claro. Sempre tem aqueles que torcem o nariz para novas adesões, especialmente quando envolvem figuras proeminentes. Mas a sensação geral é de que os benefícios superam — e muito — os possíveis atritos.
O que esperar daqui para frente
Se tudo se confirmar — e tudo indica que sim —, preparem-se para um reordenamento das alianças no estado. Partidos que antes flertavam com outras possibilidades agora terão que recalcular a rota. É como diz o ditado: quando um elefante se mexe na sala, todo mundo precisa se ajustar.
O timing, diga-se de passagem, parece calculado com precisão cirúrgica. Com as eleições se aproximando, a mudança dá a Cícero tempo suficiente para se consolidar na nova casa enquanto mantém seu momentum nas pesquisas.
Resta saber como o eleitorado vai reagir. Nas ruas, a opinião parece dividida entre os que veem a mudança como oportunidade e os que a encaram com ceticismo. Mas isso, no fundo, é a política como ela é — imprevisível, dinâmica e sempre surpreendente.
Uma coisa é certa: o jogo na Paraíba acabou de ficar muito mais interessante.