Alcolumbre na Corda Bamba: Bolsonaristas Rompem Apoio e Ameaçam Reeleição no Senado
Bolsonaristas rompem com Alcolumbre no Senado

Parece que o tapete vermelho que Davi Alcolumbre estendeu para o governo não foi suficiente. Na verdade, a coisa toda saiu pela culatra, e como! Os senadores da base bolsonarista estão com os nervos à flor da pele. Aquele apoio que parecia certo para a reeleição dele ao comando do Senado? Esquece. Está mais para uma miragem no Planalto Central.

O estopim foi uma combinação de coisas, sabe? Uma daquelas panelas de pressão políticas que só Brasília sabe fabricar. Reuniões marcadas e depois canceladas de última hora — um desrespeito e tanto, na visão dos aliados. E para piorar, uma sensação generalizada de que Alcolumbre não tem sido... digamos, ágil o suficiente para destravar aquelas pautas consideradas prioritárias pelo Palácio do Planalto.

O Bode na Sala

O que realmente ferrou com tudo foi a indicação de um nome para a Advocacia-Geral da União (AGU). Os bolsonaristas torciam o nariz para a sugestão de Alcolumbre, mas ele insistiu. E aí, meu amigo, a paciência simplesmente acabou. "Ele não ouve ninguém", resmungou um senador, anonimamente, é claro. Ninguém quer queimar o filme publicamente — ainda.

E olha, o clima lá no Senado não está nada bom. Dá para cortar com uma faca. Os apoiadores de Bolsonaro, que formam um bloco considerável, já estão de orelhas em pé e conversando entre si. A palavra de ordem agora é: buscar um nome alternativo. Alguém que, de fato, dance conforme a música do governo. A reeleição de Alcolumbre, que parecia um caminho sem volta, de repente se transformou numa estrada cheia de buracos e sem sinalização.

E Agora, José?

Sem o apoio da tropa de choque do presidente, a matemática fica complicada. Muito complicada. O placar não fecha, e Alcolumbre se vê encurralado, obrigado a negociar com a oposição — um movimento arriscadíssimo que pode, ironicamente, afastá-lo ainda mais do governo que tentou agradar.

É uma daquelas encruzilhadas políticas clássicas. De um lado, a lealdade a um projeto de governo. Do outro, a sobrevivência no cargo. Alcolumbre tentou jogar nos dois times e, pelo visto, pode acabar perdendo em ambos. O que era para ser uma coroação tranquila se transformou num verdadeiro cabo de guerra, e a corda pode arrebentar a qualquer momento.

Uma coisa é certa: os próximos capítulos dessa novela no Senado prometem. E muito. A pressão só aumenta, e todo mundo em Brasília está de olho para ver quem vai piscar primeiro.