Quem é o Advogado de Trump e Bolsonaro? O Braço Direito Jurídico da Direita Americana e Brasileira
Advogado de Trump e Bolsonaro: Quem é John P. Coale?

O mundo jurídico internacional está falando de um nome: John P. Coale. E não é para menos. Este advogado, com uma carreira que mistura o brilho dos holofotes com a complexidade dos tribunais, tornou-se uma espécie de coringa legal para figuras poderosas e polêmicas.

Coale não é novato nesse jogo. Lembram-se do caso do navio Exxon Valdez, aquele desastre ambiental colossal nos anos 90? Pois é, ele estava lá, no olho do furacão. Mas sua expertise vai muito além de vazamentos de petróleo.

O Elo Entre Dois Mundos: EUA e Brasil

O que realmente está causando burburinho é seu envolvimento com dois gigantes do ecossistema digital conservador: a Rumble, a plataforma de vídeos que se posiciona como alternativa ao YouTube, e a Trump Media & Technology Group, a casa da Truth Social, a rede social do ex-presidente Donald Trump.

Coale atua como conselheiro jurídico estratégico para ambas. E aí é que a trama fica brasileira. Segundo apurou o colunista Lauro Jardim, do G1, o ex-presidente Jair Bolsonaro teria feito um pedido… um pedido de ajuda diretamente a Coale.

Nada oficial, ainda. A ideia, supostamente, seria trazer o pesado trunfo jurídico americano para atuar no Brasil, possivelmente para lidar com as inúmeras batalhas legais que Bolsonaro enfrenta por aqui. Um movimento ousado, para dizer o mínimo.

Mas quem é esse homem por trás dos casos?

Imagine um advogado que não tem medo de polêmica. Coale é casado com a jornalista Greta Van Susteren, uma personalidade midiática conhecida nos EUA. Ele mesmo já foi interpretado no cinema – por Gene Hackman, nada menos! – no filme «A Civil Action» (Um Ato de Coragem, no Brasil).

Sua especialidade? Litígios complexos, do tipo que viram manchete. Ele mesmo se descreve, com uma pitada de humor, como um «advogado de cachorro grande» para a Rumble. A função? basicamente, protegê-los de todo tipo de encrenca legal, desde ações judiciais até questões regulatórias espinhosas.

O envolvimento com a Trump Media é igualmente significativo. A empresa, que fundiu-se com uma SPAC para ir ao mercado de ações, enfrentou investigações federais e uma montanha-russa de valorização e quedas bruscas nas ações. Ter alguém como Coale nos bastidores não é exatamente um detalhe menor.

E o Brasil com isso?

A tentativa de aproximação de Bolsonaro sinaliza uma estratégia. Procurar um advogado americano, com trânsito no mundo conservador dos EUA, indica uma tentativa de globalizar sua defesa ou, pelo menos, trazer um know-how internacional para suas questões.

Até o momento, a assessoria de Bolsonaro não confirmou oficialmente o contato. John Coale, por sua vez, quando questionado, não comentou sobre o suposto pedido brasileiro. Um silêncio que, convenhamos, fala volumes.

Uma coisa é certa: a intersecção entre política, mídia e direito nunca esteve tão globalizada. As batalhas judiciais deixaram de ser locais. Elas são travadas em múltiplas frentes, e ter um general like Coale no comando pode ser a diferença entre vitória e derrota. O episódio revela como o ativismo jurídico se tornou uma arena global, onde os mesmos nomes circulam entre as grandes crises políticas do Ocidente.