
Era pra ser só mais uma competição estudantil, mas virou história. Dois times do Maranhão — sim, esse estado que muitos ainda subestimam — deram um show na Coreia do Sul e trouxeram na bagagem medalhas que valem ouro (literalmente!).
O feito que ninguém esperava
Enquanto o mundo todo olhava para os grandes centros tecnológicos, um grupo de adolescentes de escolas públicas do Nordeste brasileiro montou o que especialistas estão chamando de "o maior feito da robótica educacional brasileira dos últimos anos".
Detalhe curioso? A equipe campeã quase não foi — faltava verba até três meses antes da competição. "A gente improvisou peças com material reciclado nos treinos", conta João Pedro, 16 anos, um dos integrantes.
Os números impressionam:
- Primeiro lugar na categoria Design de Robô
- Segunda colocação no Desafio Tecnológico
- Menção honrosa por Inovação Sustentável
Não foi sorte. Enquanto outros times chegavam com equipamentos de última geração, o grupo maranhense inovou onde poucos pensaram: na criatividade pura. "Nosso diferencial foi resolver problemas complexos com soluções simples", explica a professora orientadora Maria Fernanda.
O segredo do sucesso?
Pode anotar aí: uma mistura explosiva de:
- Persistência nordestina (muita!)
- Aulas extras aos sábados e domingos
- Parceria inusitada com uma universidade local
E olha que irônico — enquanto o Brasil discute cortes na educação, esses garotos provam que, com pouco, se faz muito. O robô vencedor custou 1/3 do orçamento dos concorrentes europeus.
"Agora queremos inspirar outros jovens", diz emocionada Lara, 17 anos, única menina do time principal. Ela já foi convidada para palestrar em São Paulo e até recebeu proposta de estágio numa multinacional.
Pra quem acha que inovação só nasce em laboratórios milionários, o Maranhão acabou de dar uma bela lição. E o melhor? Isso é só o começo. Já tem projeto pra criar uma "liga estadual" de robótica com os prêmios em dinheiro que ganharam.