Parece que a Renault não está nem aí para a concorrência chinesa — e resolveu mostrar isso na prática. O Kwid E-Tech, aquele carrinho elétrico que já era o mais barato do Brasil, acaba de ganhar uma repaginada para 2025. E olha, as mudanças são mais inteligentes do que se poderia imaginar à primeira vista.
O que mudou? Bom, vamos começar pelo que importa: o preço. Apesar de todos os upgrades, a Renault manteve o valor inicial em R$ 139.990. Parece caro? Talvez, mas no mundo dos elétricos isso é praticamente uma pechincha. É como conseguir um iPhone pelo preço de um Android intermediário — só que com quatro rodas.
Não é só mudança de roupa
Agora vem a parte interessante. A Renault foi esperta e trouxe melhorias que fazem diferença no dia a dia. A nova tela multimídia de 8 polegadas é daquelas que você nota na hora — mais rápida, mais responsiva. E o sistema de som? Melhorou bastante, dando um baile no antigo.
Mas o que realmente chama atenção são os novos faróis em LED. Não é só questão de estética — iluminam muito melhor aquela estrada escura na volta para casa. Pequeno detalhe, grande diferença.
E a tal da autonomia?
Ah, sim — continua a mesma dos modelos anteriores: 185 km na cidade e 120 km na estrada. Para quem vive no trânsito caótico das grandes cidades, isso dá e sobra para uma semana inteira. E o melhor: na tomada comum de casa, ele carrega completamente em meras 9 horas. Praticamente uma noite de sono.
Quer algo mais rápido? Nas estações de recarga rápida, em apenas 30 minutos você recupera 80% da bateria. Tempo suficiente para tomar um café e checar as redes sociais.
O mercado está mudando — e rápido
Enquanto isso, os chineses continuam chegando com preços agressivos. A Caoa Chery, por exemplo, acabou de lançar o iCar 03 elétrico por R$ 149.990 — apenas dez mil a mais que o Kwid. A guerra pelos elétricos acessíveis está esquentando de verdade.
O que me faz pensar: será que a Renault acertou na estratégia? Manter o preço e melhorar pontos específicos que realmente importam para o consumidor? Parece um movimento inteligente, ainda mais considerando que a marca francesa já tem uma rede de concessionárias estabelecida pelo país inteiro — algo que os concorrentes chineses ainda estão construindo.
No fim das contas, o Kwid E-Tech 2025 chega não como uma revolução, mas como uma evolução consciente. Mantém o que funcionava, melhora onde precisava e continua sendo a porta de entrada mais democrática para o mundo dos elétricos no Brasil. E, convenhamos, num país onde gasolina custa os olhos da cara, ter uma alternativa elétrica acessível não é luxo — é quase necessidade.
