Parece que a montadora americana GM está passando por um daqueles momentos que todo empresário teme: números vermelhos. No primeiro semestre deste ano, a empresa amargou um prejuízo nada modesto de US$ 1,1 bilhão. Dá pra acreditar? É dinheiro que some como água entre os dedos.
Mas calma, nem tudo está perdido. Enquanto os acionistas ainda tentam digerir o baque financeiro, a GM já está com um novo (ou velho?) trunfo na manga: o retorno do Bolt elétrico. Aquele carrinho que fez sucesso alguns anos atrás pode ser a chave para virar esse jogo.
O que deu errado?
Olha, a lista não é pequena. Entre greves, custos de produção nas alturas e uma concorrência que não perdoa, a GM parece ter tropeçado feio. E quando uma gigante dessas tropeça, o estrondo é ouvido no mundo inteiro.
Alguns especialistas apontam que a empresa pode ter errado a mão na transição para os elétricos - demorou demais, enquanto rivais como Tesla e BYD aceleravam na frente. Outros culpam a crise global de chips, que deixou várias montadoras no prego.
E o Bolt nessa história?
Aí é que está a jogada interessante. Ao invés de inventar moda, a GM decidiu ressuscitar um modelo que já conhece bem. O Bolt, aquele compacto elétrico que foi descontinuado no ano passado, vai voltar às lojas com cara (e tecnologia) nova.
- Preço mais competitivo que os rivais
- Autonomia aumentada em cerca de 10%
- Produção nos EUA, o que pode render incentivos fiscais
"É uma aposta segura", diz um analista que preferiu não se identificar. "Eles já conhecem o produto, a fábrica está pronta... Só precisam acertar no preço."
E os consumidores?
Bom, aí é que mora o desafio. Com tantas opções no mercado de elétricos hoje, será que o Bolt consegue se destacar? A GM promete que sim, mas vamos ter que esperar para ver. Afinal, de promessa a gente já está cheio, não é mesmo?
Uma coisa é certa: a montadora precisa acertar dessa vez. Com prejuízos bilionários, não dá mais para brincar de "quem vê cara não vê coração". Ou o Bolt elétrico decola, ou a GM pode ter que repensar muita coisa.
