Parece que finalmente alguma coisa está dando certo no mercado automotivo brasileiro, hein? Enquanto todo mundo reclamava da retração nas vendas, um programa do governo apareceu como uma espécie de herói improvável para as concessionárias.
O tal do Programa Carro Sustentável — aquela iniciativa que oferece incentivos fiscais para veículos menos poluentes — simplesmente alavancou as vendas em impressionantes 24% no acumulado do ano até setembro. Não é pouco, não. Isso representa nada menos que 41 mil unidades a mais rodando por aí.
Números que impressionam
Agora, vamos aos detalhes que realmente importam. A Anfavea, aquela associação que entende tudo de carro, divulgou que as vendas totais do setor automotivo cresceram 3,5% em setembro na comparação com agosto. Pode parecer modesto, mas num cenário econômico complicado como o nosso, qualquer crescimento é motivo de comemoração.
E olha só que curioso: sem o Carro Sustentável na jogada, o varejo automotivo teria sofrido uma queda de 1,4% em setembro. Em vez disso, conseguiu uma alta de 2,1%. A diferença é gritante — quase 4 pontos percentuais que fizeram toda a diferença para quem depende da venda de veículos para pagar as contas.
Um alívio bem-vindo
O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, não esconde o alívio. Ele mesmo admitiu que o programa está funcionando como uma espécie de "airbag" para o setor. "Sem esse incentivo, estaríamos numa situação bem mais complicada", confessou durante a coletiva.
E não é exagero. O varejo brasileiro como um todo patinou em agosto, com queda de 0,3% segundo o IBGE. Enquanto isso, as concessionárias — graças ao Carro Sustentável — seguiam na contramão da crise. Quem diria, não?
O que explica esse sucesso?
Bom, a receita parece simples: descontos que chegam a R$ 10 mil em alguns modelos, prazos mais longos para pagar o IPVA e redução do IPI. Para o consumidor, fica difícil resistir. É aquela velha história — quando o bolso fala, todo mundo ouve.
Mas tem um detalhe importante: os benefícios são maiores para veículos que emitem menos poluentes. Ou seja, além de economizar, o comprador ainda sai com a consciência ambiental mais tranquila. Dois coelhos com uma cajadada só.
O programa vai até dezembro, mas já há rumores de que pode ser estendido. Considerando os resultados, seria uma surpresa se não fosse. Afinal, quando algo funciona assim tão bem, por que parar?
Enquanto isso, as montadoras e concessionárias respiram aliviadas. Pelo menos por enquanto, encontraram uma boia de salvação num mar de incertezas econômicas. E o consumidor? Bem, o consumidor aproveita os descontos e segue feliz com seu carro novo — e menos poluente.
