
Parece que o SUS está mesmo decidido a inovar — e dessa vez, a aposta é no prazer. Acaba de chegar às unidades de saúde um novo tipo de camisinha, dessas que prometem fazer diferença na hora H. Não é só proteção, não: a textura diferenciada é a grande sacada.
Quem já experimentou diz que a sensação é outra. "Parece que você nem tá usando", comenta um jovem de 23 anos, que prefere não se identificar. E olha que ele nem é dos mais entusiasmados com preservativos.
Por que texturizada?
Ah, a pergunta que não quer calar! A ideia veio de um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde — sabe aquelas pesquisas que a gente nem imagina que rolam? Pois é. Descobriram que muita gente deixa de usar camisinha por achar que reduz o prazer. Solução? Criar uma que aumente a sensibilidade.
Detalhe curioso: os "relevos" não são aleatórios. Foram testados padrões diferentes até chegar no que, nas palavras dos pesquisadores, "equilibra estímulo e conforto". Quem diria, hein?
Distribuição e aceitação
Já estão rolando os primeiros lotes em postos de saúde de capitais como São Paulo, Rio e Salvador. A meta? Distribuir 10 milhões só este ano. Mas tem um porém: ainda não dá pra escolher entre a tradicional e a nova versão — vai depender do estoque de cada lugar.
- Material: látex, igual às convencionais
- Preço: gratuito, como tudo no SUS
- Disponibilidade: gradual em todo o país
"A gente espera que isso mude o jogo", diz uma enfermeira de um posto na zona leste de SP, enquanto organiza as caixas. Ela, que já viu de tudo nessa profissão, acredita que "quando o assunto é prevenção, todo detalhe conta".
E os especialistas, o que dizem?
Médicos estão cautelosamente otimistas. "Qualquer inovação que aumente a adesão aos preservativos é bem-vinda", opina um infectologista que prefere não se identificar. Mas ele faz questão de lembrar: "O importante é usar — seja qual for o modelo".
Já os críticos reclamam do custo — cerca de 15% mais cara que a versão lisa. "Será que vale a pena?", questiona um economista da saúde. O Ministério, é claro, rebate: "O custo de tratar doenças sexualmente transmissíveis é muito maior".
E você? Tá curioso pra experimentar? Ou vai ficar no "tradicional que nunca falha"? Uma coisa é certa: o SUS tá mostrando que inovação e saúde pública podem — e devem — andar juntas.