
Não é de hoje que a saúde pública no Brasil enfrenta desafios, mas em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, a situação parece ter atingido um nível insustentável. Moradores da região estão revoltados com as condições de um posto de saúde local — e não é pra menos. Imagine esperar horas por um atendimento, só para descobrir que o remédio que você precisa nem está disponível. Frustrante, não?
"É um descaso total", desabafa Maria da Silva, aposentada de 68 anos que frequenta o local há anos. Segundo ela, os problemas vão desde equipamentos quebrados até a falta crônica de profissionais. "Tem dias que a gente chega às 6h da manhã e só é atendido depois do almoço. E olhe lá!"
O que está acontecendo?
Os relatos são chocantes:
- Falta de medicamentos básicos, como analgésicos e anti-hipertensivos
- Equipamentos essenciais, como aparelhos de pressão, quebrados ou descalibrados
- Demora no atendimento — alguns pacientes chegam a esperar mais de 6 horas
- Falta de médicos em dias alternados, deixando a população desamparada
E não para por aí. Um jovem, que preferiu não se identificar, contou que sua mãe precisou ser levada para outra unidade porque o posto não tinha sequer uma maca disponível. "É como se estivéssemos vivendo em outro século", lamenta.
E as autoridades?
Até agora, a Secretaria Municipal de Saúde não se pronunciou oficialmente sobre o caso — o que só aumenta a indignação dos moradores. Enquanto isso, a população se vira como pode: alguns acabam indo para clínicas particulares, mesmo sem condições financeiras; outros simplesmente desistem de buscar ajuda médica.
"A gente se sente abandonado", desabafa dona Cláudia, mãe de dois filhos pequenos. "O posto era pra ser nosso porto seguro, mas tá mais parecendo um pesadelo."
Será que essa situação vai mudar? Ou Cabo Frio vai continuar sendo mais um exemplo do descaso com a saúde pública no país? A pergunta fica no ar — assim como a esperança de quem depende desse serviço.