
Era pra ser mais um dia comum. Mas virou pesadelo. No Espírito Santo, um homem — nome ainda não divulgado — chegou ao pronto-atendimento com dores insuportáveis. E ali mesmo, na frente da recepção, seu coração parou. Para sempre.
Os familiares, em choque, contam que ele já havia passado por outro hospital antes. "Mandaram ele embora com remédio pra dor. Nem olharam direito", desabafa a irmã, com a voz embargada. Quando chegaram ao segundo hospital, já era tarde demais.
O relato que corta o coração
"Ele tava suando frio, segurando o peito. A gente implorou por ajuda, mas ninguém veio rápido. Quando vieram..." — a frase fica pela metade, interrompida pelo choro. Testemunhas dizem que o paciente esperou quase 40 minutos sem atendimento especializado.
O hospital, é claro, emitiu nota. Diz que "seguiu todos os protocolos". Mas você acredita nisso? Enquanto isso, a família prepara o enterro e procura um advogado. Querem justiça — ou pelo menos respostas.
O sistema que falha (de novo)
Não é a primeira vez. Nem a décima. O SUS capixaba vive dias difíceis, com filas intermináveis e profissionais sobrecarregados. Mas até quando? Especialistas ouvidos pelo G1 lembram: "Emergência é emergência. Minutos podem ser vida ou morte".
Enquanto isso, nas redes sociais, a revolta: "Isso é assassinato por omissão!", escreve uma usuária. Outros contam histórias parecidas — como se fosse normal sofrer assim.
Agora, o Ministério Público promete investigar. Mas a pergunta que não quer calar: quantos mais vão morrer esperando?