Erro Médico no RJ: Paciente Entra em Coma Após Receber Ácido em Sessão de Hemodiálise
Paciente em coma após erro médico em hemodiálise no RJ

Imagine a cena: uma sala de hemodiálise, um tratamento de rotina para quem depende de uma máquina para viver. A tranquilidade esperada deu lugar ao caos absoluto em uma clínica do Rio de Janeiro. Um paciente, cuja identidade ainda é preservada, não recebeu a solução dialisante que deveria purificar seu sangue. Em um lapso inacreditável, um ácido corrosivo foi administrado no lugar.

O resultado? Não foi simplesmente uma complicação. Foi uma tragédia anunciada. A reação foi imediata e violenta. A queimação interna deve ter sido algo de outro mundo, uma dor que nem consigo imaginar. O paciente, obviamente, entrou em parafuso. Convulsões, desespero, e depois… silêncio. Um coma induzido pelo próprio corpo para tentar se proteger do horror.

Agora, ele jaz em uma UTI, sua vida pendurada por um fio. A família, é claro, está despedaçada. Como algo assim pode acontecer? Perguntas que ecoam pelos corredores daquela clínica e, com certeza, pelos fóruns de saúde do país.

O Que Se Sabe Até Agora?

As informações são fragmentadas, mas assustadoras. A tal solução ácida, usada para limpar e desinfetar as máquinas de diálise, nunca, em hipótese alguma, deveria ter contato com o sangue de um ser humano. É um produto de limpeza, ponto final. Alguém, em algum momento, cometeu uma falha catastrófica. Foi um erro de armazenamento? Rotulagem? Um descuido monumental de quem estava operando o equipamento?

A clínica emitiu um comunicado genérico – aquele tipo de nota que tenta conter a fúria, mas não explica nada. Dizem que abriram uma investigação interna e que estão prestando todo o suporte à família. Sabe como é, o velho script de damage control.

Mas a pergunta que fica, e que não quer calar, é: até onde vai a segurança dos pacientes em procedimentos médicos considerados de rotina? Isso aqui não foi uma cirurgia de alto risco. Era um tratamento que ele fazia constantemente. É de gelar a espinha.

E Agora, José?

Para além do drama humano, que é enorme, o caso vai ter desdobramentos sérios. A Justiça certamente será acionada, seja pelo Ministério Público, seja pela família. Teremos uma batalha judicial sobre responsabilidade, indenizações e, o mais importante, sobre como evitar que uma negligência dessas se repita.

O Conselho Regional de Medicina (CREMERJ) deve entrar em cena para apurar a conduta dos profissionais envolvidos. Será que protocolos foram ignorados? Os treinamentos são suficientes? A pressão por produtividade em clínicas privadas acaba levando a atalhos fatais?

Uma coisa é certa: a sensação de segurança para quem depende da hemodiálise no Brasil, pelo menos hoje, ficou um pouco mais frágil. E esse paciente, anônimo para nós, se tornou um triste símbolo de um sistema que, por vezes, falha de maneira brutal.