
Imagine um exame capaz de flagrar o risco de câncer antes mesmo de qualquer sintoma aparecer. Pois é exatamente isso que o SUS no Pará começou a oferecer nesta quinta (15) — e olha, a coisa é séria.
Trata-se de um teste inovador que analisa o DNA do HPV, vírus por trás de 99% dos casos de câncer de colo uterino. Não é mágica, é ciência de ponta chegando onde mais importa: na rede pública.
Como funciona essa novidade?
Diferente do Papanicolau tradicional (aquele que toda mulher conhece), o novo método vai direto ao ponto:
- Coleta similar ao exame convencional — nada de procedimentos invasivos
- Identifica não só a presença do HPV, mas quais tipos específicos (os mais perigosos)
- Resultados mais precisos em menos tempo (e menos ansiedade para as pacientes)
"É como trocar um binóculo por um telescópio", compara a Dra. Ana Beatriz, ginecologista da rede pública. "Antes a gente via manchas. Agora enxergamos cada detalhe molecular."
Quem pode fazer?
Por enquanto, a novidade está sendo implementada em fases:
- Prioridade absoluta: mulheres entre 30-64 anos (faixa de maior risco)
- Pacientes com resultados alterados no Papanicolau
- Quem tem histórico familiar da doença
Mas calma, que tem mais: o exame será oferecido inicialmente em 12 municípios paraenses, incluindo Belém e Ananindeua. A meta? Cobrir todo o estado até 2026.
Ah, e pra quem tá pensando "isso deve custar os olhos da cara" — surpresa! É 100% gratuito, como todo serviço do SUS. Só chegar na UBS com RG, CPF e cartão do SUS.
Por que isso é um divisor de águas?
O câncer de colo uterino é o 3° mais comum entre brasileiras. Só em 2023, o Pará registrou 580 novos casos. A triste realidade? Muitos descobertos tarde demais.
Com esse teste:
- Detecção precoce aumenta em até 80%
- Redução de biópsias desnecessárias (alívio, né?)
- Economia de R$ 23 milhões/ano em tratamentos avançados
"É investimento que poupa dor — física e emocional", defende o secretário estadual de Saúde. E olha que ele nem tá exagerando: estudos mostram que cada R$1 gasto em prevenção economiza R$7 em tratamentos.
Enquanto alguns estados ainda discutem orçamento, o Pará tá mostrando como se faz saúde pública de verdade. Quem dera todas as mulheres brasileiras tivessem acesso a isso, não é mesmo?