Não é brincadeira, não. Num desses dias de calor infernal em Salvador, a Vigilância Sanitária deu de cara com um cenário pra lá de preocupante: um mercado, desses de bairro mesmo, vendendo carne que já tinha passado do ponto faz tempo. E olha que não era pouco não — tinha de tudo, desde cortes com data vencida até embalagens violadas, tudo misturado como se fosse normal.
Segundo os fiscais — que chegaram sem avisar, como manda o figurino —, o local estava armazenando os produtos de qualquer jeito. "Parecia mais um depósito de coisas velhas do que um açougue", comentou um dos agentes, ainda meio assustado com o que viu. A temperatura? Nem se fala. Tava tudo lá, morno, esperando algum cliente desavisado levar pra casa.
O que a fiscalização encontrou
Pra você ter ideia da bagunça:
- Carnes com validade expirada há mais de uma semana
- Embalagens abertas e reutilizadas (eca!)
- Freezer desregulado — tava mais pra "morno" do que gelado
- Falta total de higiene no local de manipulação
E o pior? Os funcionários — que deviam estar com vergonha na cara — tentaram justificar dizendo que "era só lavar que tava bom". Sério mesmo? A gente tá em 2025 ou na Idade Média?
Risco à saúde pública
Médicos ouvidos pela reportagem foram diretos: comer carne nessas condições é pedir pra passar mal. "Desde uma intoxicação alimentar básica até infecções graves", alerta a Dra. Luana Mendes, infectologista. E olha que ela nem soube do estado real do local — se visse, provavelmente gritaria.
O mercado — cujo nome a gente omite até a conclusão do processo — já teve a atividade interditada e vai responder na justiça. Multa? Vai ter, e não vai ser pouca. Mas e os clientes que já compraram lá? Bom, melhor ficar de olho em qualquer sintoma estranho.
Moradores da região ficaram chocados. "Eu comprava aqui toda semana", disse Dona Maria, aposentada, quase passando mal só de pensar. "Deus me livre, vou ter que refazer todos os exames!"
