Idoso 'ressuscita' após ser declarado morto em Salvador: caso choca e vira mistério médico
Idoso "ressuscita" após ser declarado morto em Salvador

Imagine a cena: familiares despedindo-se entre lágrimas, prontos para liberar o corpo para o necrotério, quando... o impossível acontece. Foi assim que um senhor de 80 anos, cujo nome não foi divulgado, virou o centro de um daqueles casos que parecem saídos de roteiro de filme – mas aconteceram de verdade, no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador.

Por volta das 11h da manhã desta quarta (14), a equipe médica atestou o óbito após exames. "Foi um choque quando, cerca de 40 minutos depois, o paciente apresentou sinais vitais", conta uma enfermeira que preferiu não se identificar – e dá pra entender o porquê. O que seria um protocolo de rotina virou um episódio digno de "House MD", só que na vida real.

Como isso foi possível?

Segundo especialistas consultados, existem – pasmem – situações raras onde o corpo pode simular morte encefálica. "Às vezes, hipotermia severa ou overdose de certos medicamentos causam um estado que engana até profissionais experientes", explica o neurologista Dr. Carlos Mendonça, sem relação com o caso.

Detalhes que deixam o caso ainda mais intrigante:

  • O idoso estava internado por complicações de diabetes
  • Os exames iniciais não mostraram atividade cerebral
  • A família já havia sido comunicada sobre a morte

O hospital, em nota breve, afirmou que "revisará todos os protocolos" – aquela velha desculpa institucional, né? Enquanto isso, o paciente segue vivo (agora de verdade), sob observação intensiva. E os médicos? Bem, devem estar tendo a semana mais conturbada de suas carreiras.

E agora, José?

O caso reacendeu debates sobre os limites da medicina. "Tecnologia avançada, mas ainda dependemos de interpretação humana", reflete uma bioeticista ouvida pelo G1. E você, leitor: confiaria cegamente num atestado de óbito depois dessa?

Moradores de Salvador não escondem a perplexidade. "Parece milagre, mas deve ter explicação científica", comenta Dona Maria, vendedora ambulante próxima ao hospital. Enquanto a ciência busca respostas, uma coisa é certa: essa história vai render conversa por um bom tempo na capital baiana.