
O ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que assinou o primeiro veto aos cigarros eletrônicos no Brasil, declarou publicamente que a proibição atual é um "equívoco". Em entrevista recente, ele defendeu uma revisão da regulamentação, argumentando que a tecnologia e os estudos sobre o tema evoluíram significativamente desde a decisão inicial.
Contexto histórico da proibição
O cigarro eletrônico foi proibido no Brasil em 2009, quando a Anvisa decidiu vetar a comercialização, importação e propaganda desses dispositivos. Na época, a justificativa foi a falta de evidências científicas sobre a segurança do produto e o potencial risco à saúde pública.
Mudança de posicionamento
O ex-diretor, que participou ativamente da decisão original, agora admite que o cenário mudou. "Hoje temos mais dados e pesquisas que mostram que os cigarros eletrônicos podem ser menos prejudiciais que os tradicionais", afirmou. Ele destacou que muitos países adotaram modelos regulatórios que permitem o uso controlado desses dispositivos.
Impacto na saúde pública
Especialistas em saúde pública têm debatido o papel dos cigarros eletrônicos na redução de danos. Alguns defendem que eles podem ajudar fumantes a abandonar o tabagismo tradicional, enquanto outros alertam para os riscos de criar uma nova geração de viciados em nicotina.
O que diz a Anvisa atualmente?
Apesar do posicionamento do ex-diretor, a Anvisa mantém sua proibição. A agência afirma que continua monitorando estudos internacionais, mas ainda não vê evidências suficientes para alterar a regulamentação brasileira.
O debate sobre o tema promete continuar acalorado, especialmente com o crescimento do mercado informal de cigarros eletrônicos no país.